O aumento de mutirões de renegociação de dívidas no fim do ano tem sido usado por golpistas para enviar boletos e intimações fraudulentas que imitam documentos oficiais. Os estelionatários utilizam informações reais obtidas em megavazamentos — como nome, CPF, endereço e até dados bancários — para criar cobranças falsas com aparência legítima. Segundo Daniel Emílio Fontana Fries, presidente dos Cartórios de Protesto de MS, o cuidado deve ser redobrado: “Os criminosos se aproveitam da grande circulação de boletos e da pressa das pessoas para aplicar golpes. É essencial verificar a origem do documento antes de efetuar qualquer pagamento”.
Essas fraudes já atingem moradores de Mato Grosso do Sul e de outros estados, com documentos que simulam cobranças judiciais, intimações de cartórios e taxas associativas inexistentes. Para parecerem oficiais, os golpistas usam brasões da República, nomes de instituições falsas e contatos de outros estados, reforçando a aparência documental das cobranças. A prática se espalha justamente quando muitas famílias buscam iniciar 2026 com as dívidas resolvidas.
Diante do avanço das ocorrências, os Cartórios de Protesto e a Anoreg/MS orientam a população a adotar cuidados básicos antes de realizar pagamentos. Entre as recomendações estão confirmar os dados do beneficiário, evitar clicar em links enviados por e-mail ou redes sociais, acessar apenas os canais oficiais e verificar intimações no site pesquisaprotesto.com.br. Também alertam que “os Cartórios não enviam boletos por WhatsApp ou redes sociais” e lembram que, por lei, o devedor tem três dias úteis para quitar o valor após a intimação — ao contrário da urgência cobrada pelos golpistas.
Quem receber cobranças suspeitas ou for vítima das fraudes deve registrar um boletim de ocorrência, já que o crime é classificado como estelionato. Os Cartórios reforçam que denunciar é fundamental para que as autoridades identifiquem e combatam quadrilhas especializadas. Informações adicionais podem ser consultadas nos sites oficiais dos Cartórios de Protesto de MS e da Anoreg/MS.
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