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Vacinação

Com o início da imunização: Especialistas explicam funcionamento e eficácia das vacinas virais no organismo

A Anvisa autorizou o uso da Oxford e Coronavac no último domingo (17)

Flavia Andrade
Capital News

Edemir Rodrigues/Portal do MS

Com o início da imunização: Especialistas explicam funcionamento e eficácia das vacinas virais no organismo

A Anvisa autorizou o uso da Oxford e Coronavac no último domingo (17)

 

Nesta segunda-feira (18), o primeiro lote com a vacina chegou com 158 mil doses enviadas pelo Ministério da Saúde. A distribuição para os 79 municípios segue o Plano Estadual de Distribuição da Vacina contra a Covid-19, por intermédio de força-tarefa da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

 

Neste primeiro momento serão imunizados os idosos com mais de 60 anos que moram em instituições como casas de repouso, além de indígenas e trabalhadores da área da saúde que estão na linha de frente contra a pandemia de Covid-19.

 

De acordo com a gerente técnica de Imunização da SES, Ana Paula Rezende Goldfinger, as vacinas têm o propósito de estimular o sistema imunológico, pois ao serem aplicadas, introduzem vírus ou bactérias inativas ou atenuadas no organismo e fazem com que o sistema imunológico reconheça agentes que causam doenças, produzindo anticorpos que evitam acometimentos mais sérios ou até mesmo a morte. Com isso, a especialista conclui que as vacinas são seguras.

 

Ainda conforme Ana Paula Rezende Goldfinger, “Os imunizantes são rigorosamente testados e avaliados até que possam ser liberados e ofertados para população, com isso, têm eficácia comprovada, prevenindo doenças e em alguns casos erradicando-as, como é o caso da poliomielite, que não existe no Brasil desde o início dos anos 90 devido às políticas de prevenção do Ministério da Saúde. Portanto, não precisamos ter resistência quanto a sua eficácia”, enfatiza a gerente da SES .

 

Com relação as reações, ela explica que após a aplicação algumas poucas pessoas podem desenvolver sintomas de reação adversa, uma vez que as vacinas são medicamentos e podem causar algum incômodo, dor, febre local ou outro sintoma. Ana Paula aponta ainda que, “Mas reforçamos que o risco de possível evento adverso e muito pequeno perto dos benéficos ofertados por uma vacina, ainda mais nos dias atuais”.

 

Para a infectologista integrante do COE/MS (Centro de Operações Emergenciais), Mariana Croda, “O mundo inteiro está se vacinando, as pessoas de forma alguma estão sendo feitas cobaias, todas as fases de estudo foram muito bem feitas e conduzidas, temos vários países já utilizando, várias vacinas, milhões de pessoas já foram vacinadas em todo o mundo então não tem como Brasil não vacinar mais”, declara.

 

Mariana relata ainda que, "As vacinas são, na verdade, pequenas partes do vírus que vão fazer com o que corpo entenda, que faça esse reconhecimento e gere anticorpos, ficando então imunizados. Nós temos anticorpos produzidos especificamente contra esse vírus, então isso já é uma técnica que usamos há muitos anos, nós temos várias vacinas semelhantes. Então não temos o que temer”.

 

Por fim, Mariana Croda diz que, “Temos exemplos de vacinas que são seguras e que usamos há muitos anos como a Influenza, vacina do sarampo. A gente acredita que a vacina é eficaz e segura. E mais: não é somente o Brasil que vai usar essa vacina, a estratégia é que tenhamos outras variedades da vacina tanto no público, como no privado. Estamos esperançosos e esperando o imunobiológico para que possamos frear esse vírus tão letal e que vem causando tanto sofrimento e angústia para toda população”, conclui.

 

No último domingo (17), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso emergencial de 6 milhões de doses da vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantã e as 2 milhões de doses da vacina produzida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca.

 

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