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Viagens Domingo, 04 de Julho de 2021, 12:23 - A | A

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Coluna Viagens

Brasileiros que se entusiasmaram com home office buscam até mudar de cidade

Por Raphael Granucci

Da coluna Viagens
Artigo de responsabilidade do autor

Depois da experiência de trabalho remoto, alguns não querem retorno totalmente presencial das atividades e outros até consideram mudar para outra cidade

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No pós-pandemia, o modelo de trabalho que divide as atividades entre home office e modelo presencial será considerado o modelo ideal, tanto pelas empresas, quanto pelos empregados.


Esse modo híbrido de trabalho, que mistura presencial e à distância, é apontado como uma grande tendência. Segundo dados do relatório Demanda por talentos no cenário atual, feito pela consultoria de recrutamento Robert Half, 39% dos empregados planejam se mudar de cidade e até de país, graças a esse modelo de atuação mais flexível.


Outros 13% dizem querer se mudar, mas existe o impedimento criado pela empresa, ou impeditivos como cobertura de benefícios e gastos com logística e administrativo.


Se mudar para uma região em que a empresa não tem filial ou representante pode gerar mais encargos administrativos e fiscais, para que a empresa possa cumprir com as obrigações legais com seus contratados, por exemplo.


Apesar de muita facilidade, essa modalidade de serviço pode trazer algumas dificuldades. Balancear vida pessoal, amorosa, lazer, atividades de casa e compromissos profissionais para algumas pessoas pode ser quase impossível.


Já para as empresas monitorar as horas trabalhadas pode ser bem complicado, especialmente do ponto de vista jurídico. Por isso, também é importante trabalhar a mentalidade corporativa e entender que as entregas são mais importantes do que a quantidade de horas trabalhadas.


Falando ainda das empresas, elas também podem se beneficiar com esse modelo de trabalho, reduzindo custos com imóveis, escritórios e podem obter mais produtividade dos empregados.


Porém ficar somente em casa não agrada completamente todos os empregados: apenas 19% dos entrevistados para o relatório gostariam de trabalhar todos os dias em casa. A maioria ainda diz que o convívio social faria falta em um trabalho totalmente remoto. O modelo flexível, nesse caso, seria para aliviar o peso da jornada de trabalho e do deslocamento de casa para o local de trabalho.


Algumas empresas já estão se adequando a esse modelo e implementando políticas de trabalho mais flexíveis, ajustando salários, processos, horas trabalhadas e redesenhando funções. Com todas essas mudanças, esse tema com certeza passará a ser debatido nas salas de aula em faculdades de recursos humanos, e muita coisa será repensada nos vínculos empregatícios.


Usar sua força de trabalho de qualquer lugar e para qualquer lugar é certamente um hábito que não irá embora com o final da pandemia. E aprender a se adequar a essa nova modalidade de trabalho será a chave para as empresas que buscam crescer com os seus negócios e também favorecer e beneficiar o bem-estar dos seus colaboradores.

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