Terça-feira, 23 de Abril de 2024


Marco Eusébio Sábado, 16 de Janeiro de 2021, 07:29 - A | A

Sábado, 16 de Janeiro de 2021, 07h:29 - A | A

Coluna Entrelinhas da Notícia

Antes da crise em Manaus, governo federal elevou imposto de cilindros de oxigênio

Por Marco Eusébio

Da coluna Entrelinhas da Notícia
Artigo de responsabilidade do autor

Ilustração Reprodução

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Cilindros para gases medicinais tiveram isenção exinta em dezembro pelo governo

Três semanas antes de a rede hospitalar de Manaus entrar em colapso por falta de oxigênio e disparada de casos de covid-19, o governo federal elevou o imposto de importação sobre cilindros para armazenamento de gases medicinais, que estavam isentos desde março de 2020 para facilitar as medidas de combate à doença, informa o Estadão de S.Paulo. O jornal diz que depois da repercussão negativa do caso, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve se reunir ainda hoje para reverter a situação. Os cilindros de ferro adquiridos do exterior voltaram a ser taxados em 14%, e os de alumínio, em 16%, conforme resolução do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Camex, de 24 de dezembro de 2020, revogando a isenção de 185 itens na lista de produtos prioritários no combate à covid-19, o que tornou mais cara a compra desses produtos. O Estadão frisa que, embora tenha elevado o imposto de importação de itens para o combate à covid, o governo tem zerado tarifas de importação para setores que têm simpatia do presidente Jair Bolsonaro, como tarifas para importar revólveres e pistolas eliminadas em dezembro pela Camex.

 

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'Nós fizemos a nossa parte' diz Bolsonaro sobre colapso na saúde em Manaus: vídeo

Reprodução de vídeo

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Bolsonaro volta a defender cloroquina e diz que não faz campanha contra vacina

Em sua conversa com apoiadores que esperam todos os dias sua saída do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro falou hoje sobre o colapso no sistema de saúde de Manaus com hospitais lotados de pacientes com covid-19: "Terrível o problema lá. Agora, nós fizemos a nossa parte, com recursos, meios. Hoje as Forças Armadas deslocou para lá um hospital de campanha, tá certo? O ministro da Saúde teve lá segunda-feira, providenciou oxigênio. Começou o tratamento precoce, que alguns criticam ainda" [sic]. Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina: "Repito o tempo todo aqui. No meu prédio mais de 200 pessoas pegaram a covid, se trataram com cloroquina e ivermitina. Ninguém foi pro hospital" [sic]. O presidente também voltou a defender que as pessoas não sejam obrigadas a tomar a vacina. Disse que não está fazendo "campanha contra a vacina", mas disse que ela é experimental e afirmou que "a obrigatoriedade é uma irresponsabilidade". Bolsonaro também repetiu que não chamou a covid de "gripezinha" e disse que "foi o Dráuzio Varella" e falou de outros assuntos. Veja o vídeo.

 

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FAB leva oxigênio e transporta doentes com covid de Manaus para outros estados

Fotos FAB

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FAB leva oxigênio e transporta doentes com covid de Manaus para outros estados

Diante do colapso no sistema de saúde de Manaus com hospitais lotados por excesso de pessoas com covid-19, a Força Aérea Brasileira (FAB) começou na manhã desta sexta-feira a transportar pacientes da capital amazonense para hospitais do Distrito Federal e de Goiás e de seis estados do Nordeste: Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Também hoje, dois aviões da FAB chegaram a Manaus com mais de 18 toneladas de oxigênio para abastecer as unidades de saúde locais e 8,5 toneladas de material hospitalar, camas, tendas, geradores e barracas em apoio à Operação Covid-19.

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