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Cotidiano Sexta-feira, 26 de Março de 2010, 16:09 - A | A

Sexta-feira, 26 de Março de 2010, 16h:09 - A | A

Laudo diz que bebê morto durante briga de médicos teve sofrimento agudo; investigação culpa profissionais

Marcelo Eduardo - Capital News

O bebê morto durante o parto em Ivinhema, em meio a uma briga de médicos, foi vítima de sofrimento agudo. Isto, é o que aponta o laudo de biópsia realizado a partir de amostra da placenta colhida após o caso, em 23 de fevereiro.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Lupérsio Degerone Lúcio, a criança sofreu “porque não tinha como sair”. Foi feita uma cesárea, mas, os médicos trocaram socos durante o trabalho de parto (confira me notícias relacionadas, logo ao final deste texto).

Conforme o delegado, o resultado confirma a briga foi fundamental para a ocorrência da morte. “Além disso, eles mesmos dizem que brigaram.” Ainda conforme ele, "não há como negar que houve negligência".

O inquérito teve o prazo espirado, mas, Lupérsio pedirá para que a Justiça postergue por mais 30 dias. Nesse ínterim, ele pretende ouvir os envolvidos novamente. “Falta solucionar algumas dúvidas quanto a quem deu o primeiro soco, quem provocou quem. Mas, quanto à autoria, não há dúvidas”, comenta o delegado, ao Capital News, via telefonema.

Sinomar Ricardo e Orozimbo Ruela são os dois médicos envolvidos. “Se o Ministério Público fizer a denúncia em cima daquilo que acreditamos que foram os crimes, que é de aborto doloso por dolo eventual, cada um pode ser condenado, se considerados culpados, a pena de 3 anos a 10 anos de prisão”, explica o delegado.
O laudo, realizado em laboratório de São Paulo, foi entregue na quarta (24) a Lupérsio. Segundo o delegado, o exame revelaria ainda que a menina natimorta tinha batimentos cardíacos até uma hora antes de ser retirada cirurgicamente.

Gilberto Cabreira e Gislaine de Matos Rodrigues, pais do bebê, dizem que o trabalhão de parto foi das 22h30 à 1h15 do dia seguinte.

O casal pede indenização na Justiça e o Conselho Regional de Medicina (CRM) abriu sindicância sobre o caso, mas, os resultados não foram divulgados.


Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)

 

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