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Interior Terça-feira, 24 de Novembro de 2009, 16:40 - A | A

Terça-feira, 24 de Novembro de 2009, 16h:40 - A | A

TJ-MS quebra sigilo bancário do prefeito de Dourados

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) quebrou o sigilo bancário do prefeito de Dourados Ari Artuzi (PDT). O pedido foi feito pelo Ministério Público Estadual (MPE) através do Procurador-Geral de justiça Miguel Vieira da Silva. O caso corre em segredo de justiça. A ação é resultante das investigações feitas pela Polícia Federal nas operações Owari e Brothers que levaram 42 pessoas para a cadeia por corrupção, entre elas oito ex-integrantes do primeiro escalão da administração de Artuzi, sendo que cinco deles eram secretários municipais.

O Ministério Público quer saber se o prefeito recebeu dinheiro da família Uemura, apontada nas investigações da Polícia Federal como ‘cabeça’ de um esquema que corrupção de servidores públicos, formação de quadrilha, fraude em licitações, exercício ilegal da atividade financeira e agiotagem, entre outros crimes. Segundo a PF o esquema teria desviado em torno de R$ 20 milhões dos cofres públicos.

Embora o prefeito sempre negue qualquer tipo de envolvimento financeiro com os Uemura, gravações feitas pela Polícia Federal resultantes de escutas telefônicas feitas com autorização judicial, flagraram a coordenadora financeira da campanha dele à Prefeitura, Maria Luna, pedindo dinheiro ao empresário Sizuo Uemura. Luna ocupa atualmente cargo de confiança na prefeitura de Dourados.

Sobre a quebra do sigilo bancário, o prefeito se pronunciou através de seu porta-voz o assessor de Comunicação da Prefeitura Eleandro Passaia. “O prefeito ainda não foi notificado oficialmente e só vai falar quando tomar conhecimento dos fatos. O prefeito está tranqüilo quanto à lisura de sua conduta e não tem nada a temer”, afirmou Passaia.

Já justiça de Dourados tramita outro pedido de quebra do sigilo bancário do prefeito, desta vez feito pelo promotor de justiça Paulo César Zeni, como parte de uma ação civil pública por improbidade administrativa, onde o promotor pede entre outras coisas a cassação do mandato e suspensão dos direitos políticos do prefeito, por causa do contrato de arrendamento por cerca de R$ 100 mil por mês do Hospital Santa Rosa, que pertence aos Uemura. O pedido foi encaminhado ao juiz da 4ª Vara Cível Carlos Resende, que ainda não se pronunciou.

O contrato com o Santa Rosa foi feito na gestão do ex-prefeito Laerte Tetila (PT) – também denunciado pelo MPE - e continua em vigor na atual administração é considerado fraudulento tanto pelo Ministério Público como pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus). Artuzi garante que mandou suspender o pagamento aos donos do hospital há quatro meses, quando afirma ter tomado conhecimento das denúncias de irregularidades. (Com informações do Corrreio do Estado)

Por Alessandro Perin (www.capitalnews.com.br)

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