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Interior Sexta-feira, 14 de Agosto de 2009, 17:38 - A | A

Sexta-feira, 14 de Agosto de 2009, 17h:38 - A | A

Vereadores de Ponta Porã rejeitam CPI mesmo sendo minoria

Da Redação (AP)

A Câmara de Ponta Porã viveu uma situação inusitada na sessão de ontem, por quatro votos contra cinco os vereadores governistas conseguiram vencer a oposição que tentava instalar uma CPI contra o prefeito Flávio Kayatt. O leitor não leu errado, a minoria venceu a maioria. Queriam a CPI para investigar o envolvimento do prefeito Kayatt nos esquemas da Owari e Brothers, os vereadores Adãozinho Dauzacker (PSB), Dário Honório (PSDB), Lourdes Monteiro (DEM), Ludimar Novaes (PPS) e Ramão de Deus (DEM).

Do outro lado, quatro parlamentares eram contrários: Bruno Reichardt (PMDB), Marquinhos Benites (PSDB), Osmar de Mattos (PSDB) e Rony Lino (PRTB). Para tentar barrar uma votação desfavorável, os governistas interpretaram o Regimento Interno da Casa, dizendo que para a CPI valer, seriam necessários seis votos e não cinco. Os governistas diziam ainda que o presidente Daniel Valdez (Puka), que seria então o sexto voto, não poderia votar porque teria interesse pessoal na CPI. Para não criar problemas, Puka aceitou as justificativas dos governistas e ao invés de declarar os requerimentos ‘aprovados’, Puka os considerou ‘rejeitados’.

O vereador Ramão de Deus pediu à Mesa que registrasse a votação. Houve indignação geral. A vereadora Lourdes Monteiro foi à tribuna inclusive para questionar o fato de Puka ter assumido a presidência acusando ele de ter assumido com base numa ata falsificada. O presidente se manteve irredutível e não explicou ao plenário porque quatro votos podiam representar mais do que cinco. Ao final, na tentativa de amparar a rejeição por quantidade de voto menor do que a aprovação, o líder do prefeito, Osmar de Mattos, disse que aqueles que não estivessem contentes com o resultado da votação, que procurassem o Ministério Público.

Ramão de Deus reagiu e no quadro das explicações pessoais lamentou o desrespeito ao Regimento Interno. “Infelizmente teremos de ir ao MP atestar incompetência”, disse ele. Antes que as discussões recrudescessem novamente e sob protestos, a sessão foi encerrada e a CPI não foi para frente.(Com informações do Dourados News)

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