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Política Quarta-feira, 15 de Julho de 2009, 11:51 - A | A

Quarta-feira, 15 de Julho de 2009, 11h:51 - A | A

Ministro quer acordo entre índios e fazendeiros

Marcelo Eduardo - Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Em visita a aldeias da região da Grande Dourados, o ministro-chefe do gabinete de Institucional da Presidência da República, general de Exército Jorge Armando Félix, propôs acordo entre fazendeiros e indígenas no sentido de evitar conflitos no período de pesquisas sobre a demarcação de terras na região sul do Estado (que contém 26 municípios), que têm início previsto para o dia 20.

A afirmação foi dada em rápida entrevista coletiva concedida ontem, 14, à imprensa local. Ele teria dito estar em Mato Grosso do Sul para ouvir as solicitações dos índios e observar a situação por eles vividas, bem como com relação aos fazendeiros, e, só então, apontar planos, segundo o Dourados Agora.

Nesta manhã, o ministro-chefe foi às aldeias Bororó e Jaguapiru. São cerca de 3,5 mil hectares, onde vivem aproximadamente 13 mil índios das etnias Guarani Kaiowá e Guarani Ñandeva.

No ano passado, o governo editou portarias estabelecendo a realização de estudos antropológicos para atestar se as terras analisadas são indígenas. A medida desagradou os produtores, já que o governo, a princípio, reconheceu apenas a indenização de benfeitorias realizadas nas propriedades - e não a terra nua.

Em 2008, o governo Federal, por intermédio da Funai (Fundação Nacional do Índio) instituiu portarias para início de estudos visando comprovação de que as terras seja ou não indígenas. Desde então, entidades que defendem os direitos indígenas e representantes dos fazendeiros travam batalhas com discussões acirradas de ambos os lados.

A Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul) afirma que só aceitaria as demarcações, caso o governo pagasse indenizações aos atuais proprietários.
 

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