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Coxim Sábado, 28 de Fevereiro de 2015, 12:21 - A | A

Sábado, 28 de Fevereiro de 2015, 12h:21 - A | A

Coxim realiza ações para combate e prevenção da Hanseníase e da Tuberculose

Taciane Peres - Capital News

Segundo orientação do Ministério da Saúde essas ações visam qualificar a atenção à saúde a partir do princípio da integralidade é fundamental que os processos de trabalho sejam organizados com vistas ao enfrentamento dos principais problemas de saúde-doença das comunidades e com ações de promoção e vigilância em saúde efetivamente incorporadas no cotidiano das equipes de Atenção Básica/Saúde da Família de todo o Brasil.

De acordo com o site de notícias Coxim Agora, pensando em oferecer respaldo para prevenção, combate e tratamento foram programados uma série de ações que começou com a realização panfletagem e orientações em alguns pontos da nossa cidade, com o apoio da Estratégia de Saúde Familiar, durante o dia 25 de fevereiro. Durante toda a última quinta-feira (26) foi realizada reuniões de capacitação com as enfermeiras das unidades e os coordenadores, para facilitar o diagnostico mais precocemente. Por fim, na manhã desta sexta-feira foi realizada uma palestra com “Educação Continuada, Hanseníase e Tuberculose, vamos juntos eliminar a hanseníase; Juntos pelo fim da tuberculose!”, no auditório da UEMS em Coxim.

Em uma roda de conversa com Coordenador do Estado do Programa de Hanseníase e Tuberculose, enfermeiro Luís Carlos de Oliveira Junior, houve orientação para sensibilizar a população Coxinense, sobre o tema abordado, esclarecendo as duvidas forma de tratamento, entre outras. Também contribuiu com o bate-papo a enfermeira Cleide apoio técnico do Programa de Controle da Tuberculose e Hanseníase.

O coordenador do Estado, Luís disse que Coxim está de parabéns por realizar ações preventivas como esta, pois, principalmente a hanseníase é uma doença que gera muito preconceito em nossa sociedade. “Estão de parabéns pela iniciativa. Temos que conscientizar a população que as doenças são passíveis de tratamento e cura desde que seja feito corretamente conforme prescrição e orientação médica. Evitando assim o estigma social e o preconceito que estas doenças têm principalmente a hanseníase”. Luís Carlos disse ainda que é muito importante fazer eventos como este que tem por objetivo à educação continuada, para fortalecer as ações de saúde no município e contar com o apoio da população, que se bem orientada, buscará o tratamento o mais rápido possível.

Para Thayla Cristina Tomaz, Coordenadora do Programa de Saúde de Coxim o evento foi um sucesso e com já está no cronograma ações durante todo o ano para que o combate, a prevenção e principalmente o acompanhamento dos pacientes seja realizado de maneira eficaz, fazendo com que o tratamento resulte na recuperação dos enfermos. “Foi muito benéfico à troca de informação entre a nossa equipe de saúde aqui de Coxim, com a equipe que veio com o coordenador estadual para participar dessa roda de conversa com a população coxinense. Acredito que muitas dúvidas foram esclarecidas e vamos continuar avançando no que tange a melhoria do acesso ao atendimento no setor da saúde”, finalizou.

O prefeito Aluizio São José parabenizou a equipe pelas ações e que o setor da saúde tem sido prioridade em sua administração. “Além das reformas nas unidades básicas de saúde do Totó Araújo, Ilda Kohl, Marechal Rondon, Jauru, São Romão, e das ampliações no bairro Santa Maria e Silviolândia, estamos construindo duas novas unidades para abrigar as unidades do no Senhor Divino e Vila Bela, fato que há muito tempo não se via em Coxim. Mais construção de duas academias de saúde que serão no Piracema e Vila Bela, ao lado do posto de saúde. Os investimentos são constantes, na aquisição de remédios, aumento do corpo clínico, na frota, equipamentos, sem contar nos mutirões para atendimento oftalmológico e ginecológico.”, pontuou. Aluizio lembrou ainda que Coxim será o primeiro município a receber a Caravana da Saúde, programa realizado pelo governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Saúde em parceria com a prefeitura.

HANSENÍASE - É uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa. Acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, mas também manifestasse como uma doença sistêmica comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado à capacidade de penetração do “Mycobacterium leprae” na célula nervosa e seu poder imunogênico.

A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada deste no organismo são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), através de contato íntimo e prolongado, muito frequente na convivência domiciliar. Por isso, o domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença. A hanseníase não é de transmissão hereditária (congênita) e também não há evidências de transmissão nas relações sexuais. O período de Incubação Devido ao padrão de multiplicação do bacilo, a doença progride lentamente. Entre o contato com a pessoa doente e o aparecimento dos primeiros sinais pode levar em média 2 a 5 anos.

Os principais sinais e sintomas da doença são:

Manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade (a pessoa sente formigamentos, choques e câimbras que evoluem para dormência, queima ou machuca sem perceber);
Pápulas, infiltrações, tubérculos e nódulos, normalmente sem sintomas;
Diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente sobrancelhas;
Falta ou ausência de sudorese no local – pele seca. As lesões da hanseníase geralmente iniciam com hiperestreita – sensação de queimação, formigamento e/ou coceira – no local, que evoluem para ausência de sensibilidade e, a partir daí, não coçam e o paciente refere dormência – diminuição ou perda de sensibilidade ao calor, à dor e/ou ao tato – em qualquer parte do corpo.

Outros sintomas e sinais que têm sido também observados:

Dor e/ou espessamento de nervos periféricos;
Diminuição e/ou perda de sensibilidade nas áreas dos nervos afetados, principalmente nos olhos, mãos e pés;
Diminuição e/ou perda de força nos músculos inervados por estes nervos, principalmente nos Membros superiores e inferiores e por vezes, pálpebras;
Edema de mãos e pés; • Febre e artralgia;
Entupimento, feridas e ressecamento do nariz;
Nódulos eritematosos dolorosos;
Mal estar geral;
Ressecamento dos olhos.

TUBERCULOSE - É uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria, o “Mycobacterium tuberculosis”, também denominado de bacilo de koch (bk). O termo tuberculose se origina no fato da doença causar lesões chamadas tubérculos.

Modos de transmissão - A transmissão ocorre por meio de gotículas contendo os bacilos expelidos por um doente com tuberculose pulmonar ao tossir, espirrar ou falar. Quando essas gotículas são inaladas por pessoas sadias, podem provocar a infecção tuberculosa.

A propagação do bacilo da tuberculose está associada principalmente às condições de vida da população. Prolifera em áreas de grande concentração humana, com precários serviços de infraestrutura urbana, como saneamento e habitação, onde coexistem a fome e a miséria. Por isso, a sua incidência é maior nas periferias das grandes cidades, podendo, porém, acometer qualquer pessoa, inclusive em áreas rurais.

A transmissão ocorre geralmente em ambientes fechados, nos quais as partículas expelidas pelo doente de Tuberculose (TB) podem permanecer no ar, principalmente em locais escuros e pouco ventilados, por longos períodos. A ventilação constante e a luz solar direta removem as partículas e matam rapidamente os bacilos. A infecção pode ocorrer em qualquer idade, mas no Brasil, geralmente acontece na infância. Nem todas as pessoas expostas ao bacilo da tuberculose se infectam, assim como nem todas as pessoas infectadas desenvolvem a doença. A probabilidade de que a TB seja transmitida depende de alguns fatores:

O potencial de contágio do caso índice: o doente bacilífero, isto é, com baciloscopia direta positiva, é a principal fonte de infecção;
A concentração de bacilos no ar contaminado: determinada pelo tipo de ambiente em que a exposição ocorreu: ambientes fechados, escuros ou com pouca ventilação;
Duração da exposição: o tempo que o doente e seus contatos respiram nesse ambiente;
A suscetibilidade genética ou predisposição dos contatos. Quando uma pessoa inala as gotículas contendo os bacilos, muitos deles ficam retidos no trato respiratório superior (garganta e nariz). Se chegarem aos brônquios, os bacilos são aprisionados na secreção (catarro) e eliminados pelo movimento ciliar. Contudo, quando os bacilos atingem os alvéolos, a infecção pode se estabelecer.

Quanto maior o número de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de profissionais capacitados desenvolvendo ações de controle da tuberculose, mais abrangente será a busca, maior será a detecção de casos, mais rápido o início do tratamento e mais eficiente a supervisão do tratamento, o que favorece a cura e a quebra da cadeia de transmissão. A busca de casos deve ser feita principalmente entre:

Sintomáticos respiratórios, isto é, portadores de tosse com expectoração há pelo menos três semanas ou que apresentem sintomatologia compatível com tuberculose: além da tosse, febre vespertina, suores noturnos, perda de peso, escarro sanguíneo (hemoptóico) e/ou dor torácica;
Pacientes com história de tratamento anterior para tuberculose;
Contatos de casos de tuberculose;
Populações de risco: residentes/internos de presídios, asilos, manicômios, abrigos; • Portadores de doenças debilitantes (diabetes, neoplasias);
Imunodeprimidos por uso de medicamentos;
Imunodeprimidos por infecções, como o HIV;
Usuários de drogas;
Moradores de rua;
Trabalhadores da área de saúde.

As equipes de saúde devem mobilizar a comunidade para identificar aqueles que têm tosse crônica nas famílias, clubes, igrejas e comunidades fechadas referidas anteriormente, com o objetivo de encaminhá-los para fazer exame de escarro.

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