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Polícia Quarta-feira, 22 de Outubro de 2014, 09:43 - A | A

Quarta-feira, 22 de Outubro de 2014, 09h:43 - A | A

Agepen divulga nota sobre rebelião em presídio

Ellen Albuquerque - Especial para o Capital News (www.capitalnews.com.br)

A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário – Agepen através da Secretaria de Estado de Justiça - Sejusp, divulgou uma nota na tarde dessa terça-feira (21) sobre a morte ocorrida na última segunda-feira (20) da detenta Leda Barbosa Loredo, 38 anos, interna no Estabelecimento Penal Irmã Irma Zorzo, em Campo Grande.

Em nota, a Agepen relatou que a interna apresentou dores abdominais, sendo encaminhada por cinco vezes ao atendimento médico da rede pública, fora da Unidade Prisional, internada durante um curto período do final de semana e tendo alta no domingo (19). Neste mesmo dia, Leda reclamou de fortes dores abdominais quando novamente foi encaminhada ao atendimento médico, desta vez no Posto de Saúde do Coronel Antonino.

Medicada e liberada, a interna retornou ao estabelecimento penal e mais uma vez se queixou de dores. Diante do ocorrido foi providenciada a escolta militar para o encaminhamento ao atendimento de urgência/emergência. Quando a PM chegou a Unidade Prisional, a segurança do Presídio tentou retirar a presa, e segundo a Agepen outras detentas avançaram contra os servidores impedindo o atendimento médico, e ao mesmo tempo, quebrando os cadeados de outras celas, liberando todas as internas.

Ainda de acordo com a nota, mesmo com o tumulto os agentes conseguiram se desvencilhar das agressões e saírem do ambiente, que foi controlado com o acionamento de um portão de segurança que impediu uma fuga em massa e destruições ainda maiores. A Agepen informa que as presas ficaram no ambiente de convivência, ou seja, pavilhões, a partir de onde conseguiram acessar a cozinha, refeitório e alojamento dos servidores, bem como a sala do oficial de dia, onde praticaram atos de vandalismo, causando danos ao patrimônio público.

Por conta de tais fatos a Polícia Militar foi acionada e compareceu ao local e rapidamente conteve a rebelião. Todas as celas e presas foram vistoriadas, para segurança das próprias internas e dos servidores. Durante as buscas foram encontradas duas facas, que provavelmente as detentas pegaram da cozinha no momento do tumulto.

A Agepen informou que a UTI Móvel do Corpo de Bombeiros prestou os primeiros socorros a interna doente, que foi em seguida encaminhada ao Posto de Saúde, onde morreu. O laudo constatando a causa da morte da presa ainda não foi informada pelo Instituto Médico e de Odontologia Legal.

Após a rebelião foram registrados boletins de ocorrência contra as internas que deram causa ao tumulto, de dano ao patrimônio público, bem como boletim de ocorrência de morte a esclarecer, para apurar as causas e circunstâncias da morte da presa. A perícia e o delegado Alexandre Amaral Evangelista, da 2ª Delegacia da Polícia Civil estiveram no local.

Por conta da rebelião doze presas foram transferidas para outras unidades femininas. Os valores dos prejuízos ainda não foram calculados.


 

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