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Política Terça-feira, 21 de Outubro de 2014, 19:15 - A | A

Terça-feira, 21 de Outubro de 2014, 19h:15 - A | A

Segundo turno presidencial é o mais acirrado da história

Gabriel Kabad - Capital News - (www.capitalnews.com.br)

Na corrida pela vitória no segundo turno das eleições presidenciais de 2014, os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) protagonizam a mais acirrada batalha pela liderança do País registrada desde 1988, quando o segundo turno foi instaurado no Brasil. Também neste ano foi a primeira vez em que um candidato que não ficou em primeiro lugar no primeiro turno alcançou a liderança - mesmo que numérica - em algum momento nas pesquisas Datafolha ou Ibope no segundo turno, de acordo com o site Terra.

Na última pesquisa divulgada pelo Datafolha, na segunda-feira (20), Dilma aparece com 52% das intenções de voto, entre os votos válidos, e Aécio tem 48%. Com isso, os dois candidatos se mantêm tecnicamente empatados. Nas pesquisas anteriores, sempre empatados, Aécio liderou numericamente a corrida presidencial, alcançando 51%. O feito foi inédito, se comparado com as edições anteriores das eleições.

Em todas as disputas anteriores, o candidato que alcançou o primeiro lugar no primeiro turno se manteve na liderança durante o segundo turno, tanto nas pesquisas quanto nos resultados. Aécio fez o inédito alcançando a liderança numérica nas pesquisas, mas sua vitória seria algo ainda mais histórico. Com os resultados das pesquisas eleitorais divulgados até hoje, Dilma e Aécio têm a mesma possibilidade de conquistar a vitória, tornando essas eleições as mais imprevisíveis da história.

"Não somos da briga, mas quando nos desafiam a gente encara", diz Dilma

Tanto pelo Ibope, quanto pelo Datafolha, os dois candidatos ao segundo turno das eleições presidenciais só alcançaram o empate técnico em 1989. Na época, Fernando Collor de Mello (então no PRN) largou com uma boa vantagem sobre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na primeira pesquisa do Ibope no segundo turno: 57% a 43%. A diferença foi apertando ao longo da campanha e, na última pesquisa, eles apareceram empatados tecnicamente, com 44% para o petista e 47% para o rival, que levou o cargo.

Depois disso, os mais próximos de alcançar um empate foram Dilma e José Serra (PSDB), em 2010, quando a petista alcançou 53% contra 47% do tucano, mas a margem de erro era de dois pontos percentuais, então não houve empate técnico. Ou seja, nunca houve um empate entre petistas e tucanos, como há hoje.
 

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