Juliano Plácido Ferreira, 21 anos, foi preso em flagrante nessa terça-feira (30), após ter surrado seu enteado de dois anos. Ele ainda colocou o menino no berço e disse para a mãe que a criança estava dormindo, mas ao tentar acordar o filho, a mãe viu os hematomas e levou o menino para o Hospital Municipal de Rio Verde, mas a criança não resistiu e morreu. O crime aconteceu na manhã de ontem, no Jardim Vaticano, em Rio Verde, a 194 quilômetros de Campo Grande.
Segundo informações do site Edição de Notícias, Miriam Souza Santos, 20 anos, a mãe da criança saiu de casa pela manhã para levar a filha do casal, um bebê de dois meses para tomar vacina em um posto de saúde. Juliano ficou com o menino na casa e espancou até que ele perdesse a consciência.
Ao chegar em casa, Miriam perguntou da criança e Juliano respondeu que o menino teria almoçado e estava dormindo. Para esconder os sinais da violência, o padrasto cobriu a criança, por isso, a mãe viu o filho no berço e foi lavar roupa.
A mãe relatou para a polícia que estranhou o sono pesado da criança, e que tentou acordá-lo por volta das 17 horas. Como o menino não regia, Miriam pediu ajuda para uma vizinha que levou a criança para o hospital, mas pouco tempo depois acabou morrendo.
O corpo do menino apresentava diversos hematomas e o Conselho Tutelar, Polícia Civil e Militar foram acionados pela equipe que prestou atendimento à criança. Na delegacia, Juliano negou que teria espancado o enteado, e alegou que o menino teria caído no banheiro, porém, mudou a versão.
Segundo o delegado Eder Oliveira Martins, nenhuma das versões apresentadas pelo padrasto convenceu a polícia, e a mãe da criança confessou que Juliano agredia seus filhos. Além do menino de dois anos, ela tem outra filha, de cinco anos. Miriam contou para o delegado que sofria ameaças para não denunciar as agressões.
O menino de dois anos apresentava uma fratura antiga em um dos braços, além de outras marcas pelo corpo que comprovam as constantes agressões. Juliano Ferreira foi preso em flagrante, e a mãe da criança perdeu, provisoriamente, a guarda das outras duas filhas, que estão sob os cuidados do Conselho Tutelar.
