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Corumbá Domingo, 21 de Setembro de 2014, 08:00 - A | A

Domingo, 21 de Setembro de 2014, 08h:00 - A | A

Corumbá completa 236 anos de história e transformações neste domingo

Samira Ayub - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Povoado erguido um pouco mais para o sul do Estado, a beira do rio Paraguai, por anos foi um simples destacamento militar da capital Cuiabá, do então, Mato Grosso, mas com o passar do tempo, transformou-se em um entreposto comercial. Chamado como Vila Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque, seu nome acompanhou a evolução de sua história: Albuquerque Novo, Santa Cruz de Corumbá, e Corumbá, que celebra neste domingo (21) 236 anos de história e transformações.

Em 1524, com o objetivo de fixar o domínio português na região, o governador e capitão-general da Capitania de Mato Grosso, Luiz Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres implantou pontos militares para defender o território das invasões espanholas. Albuquerque construiu o Forte Coimbra e fundou em 21 de setembro de 1778 às margens do rio Paraguai, a Vila de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque, como destacamento militar.

Com sua posição geográfica privilegiada, o porto de Corumbá, tornou-se um importante centro econômico, mas foi invadida e destruída em 1865 por Solano Lopez durante a Guerra do Paraguai (1864-1869). A invasão pelo exército paraguaio durou até 1867, quando uma tropa chefiada pelo tenente-coronel Antônio Maria Coelho, vinda de Cuiabá.

Em 1870, mercadores encarregados de abastecer a tropa do exército abriram novas perspectivas de comércio para a cidade, iniciando a restauração do centro urbano e retomada das atividades comerciais. Após a guerra, a abertura dos portos e o comércio com Uruguai, Argentina e alguns países europeus fizeram com que o porto de Corumbá fosse o terceiro maior da América Latina até 1930. Nessa época, funcionavam em Corumbá 25 bancos internacionais como o City Bank e a moeda corrente era a esterlina. Em 1914 foi instalada na cidade a 14º agência brasileira do Banco do Brasil. O centro urbano cresceu sob o impulso do movimento fluvial e mercantil, aumentando o número de casas comerciais e de estrangeiros.

Até a década de 1950, os rios Paraguai, Paraná e Prata eram os únicos meios de integração da região. A chegada da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil no início do século 20, porém, deslocou o eixo comercial do sul de Mato Grosso para Campo Grande, com isso, Corumbá passou a priorizar comercialmente a exploração mineral e atividades rurais, como a agropecuária.

No fim dos anos 1970, o turismo passou a ser explorado, revelando nova infraestrutura e viabilizando a restauração das construções históricas. Com o Pantanal ocupando 60% de seu território, Corumbá passou a ser chamada de Capital do Pantanal, constituindo-se o principal portal para o santuário ecológico.

Para celebrar os 236 anos do município, a Prefeitura programou desde o início do mês um calendário intenso de inaugurações, lançamento de obras e eventos culturais. “Corumbá está completando 236 anos, mas o parabéns é para todos que acreditam no potencial da nossa gente, no nosso trabalho e na capacidade de construirmos uma cidade cada vez melhor”, afirmou o prefeito Paulo Duarte (PT).

A Prefeitura está investindo R$ 24.408.135,92 em obras e serviços que devem ser entregues até o final do ano. Desse total, nada menos que R$ 15.377.181,15, (63%) são recursos do próprio Município, provenientes de impostos que a população paga.

São obras e serviços nas áreas da saúde, educação, esporte e lazer, social, cultura, infraestrutura, turismo, Produção Rural, Desenvolvimento Urbano e Patrimônio Histórico, entre outras. Do montante que está sendo investido, R$ 8.791.034,00 vem do Governo Federal, e R$ 239.930,77 do Governo Estadual. 

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Foto: Kleverton Velasques/Prefeitura de Corumbá

 

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Foto: Marcos Boaventura/Prefeitura de Corumbá

 

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Marcos Boaventura/Prefeitura de Corumbá
Foto: Marcos Boaventura/Prefeitura de Corumbá

 

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