Campo Grande Quinta-feira, 25 de Abril de 2024


Rural Terça-feira, 22 de Julho de 2014, 10:35 - A | A

Terça-feira, 22 de Julho de 2014, 10h:35 - A | A

Empresa oferece capacitação para pscicultura no estado

Alessandra Marimon (Especial para o www.capitalnews.com.br)

De acordo com levantamento do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), a aquicultura gera mais de 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil e é responsável pela produção de cerca de dois milhões de toneladas de pescado ao ano. Entre 2007 e 2009, o setor registrou crescimento de 43,8%, o que tornou a produção de pescado a que mais cresceu no mercado nacional de carnes no período. As informações são da assessoria de imprensa do Senar/MS.

O Senar/MS - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Mato Grosso do Sul, investiu em novos instrutores e novas turmas do curso de piscicultura e passa a oferecer a qualificação em Tanque Rede, que consiste no aproveitamento de grandes reservatórios naturais para a criação de peixes em gaiolas flutuantes.

Oferecido pela primeira vez no município de Paranaíba entre junho e julho de 2014, em que 30 pessoas foram capacitadas, o curso é realizado por meio do Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego.

Os instrutores do Senar perceberam que mais do que capacitar os profissionais com conhecimentos técnicos, houve uma mudança social entre os trabalhadores, que passaram a se enxergar como empreendedores. "O pescador tem habilidades adquiridas ao longo de anos de trabalho e seu foco sempre foi pescar e vender. Depois do curso ele passou a se interessar pela criação do peixe, ou seja, houve contraste na realidade de ontem e na atual. É o efeito social do Pronatec e Senar", avalia o engenheiro agrônomo do Senar, Maurício Cury.

Com total de 200 tanques rede, sendo de 4 a 10 em cada família, a renda dos pescadores pode variar entre três e quatro salários mínimos. "Há dias que é possível pescar 20kg de tilápia, cujo o quilo é comercializado entre R$ 15 e R$ 17 no comércio local, dependendo do empenho de cada um".

O cálculo foi feito pelo zootecnista e instrutor André Luiz Nunes, responsável, entre outros temas, pelas aulas que abordavam conduta empresarial. "Eles entenderam que agora também são empresários, mudaram o comportamento e não focam mais apenas na pesca", relata o instrutor, que recebeu uma placa de agradecimento dos alunos. "Não esperava, foi gratificante e significa que estamos no caminho certo".

A afirmação do instrutor é confirmada pelo hoje piscicultor Claudeci Ferreira Ramos, conhecido na região como 'Ferreirinha'. Pescador desde que nasceu, como se define, viu na qualificação uma oportunidade de mudança. "Eu sabia pescar, agora sei criar peixe, empreender. Tudo que aprendemos será muito bem aproveitado, tanto das aulas teóricas quanto o que vimos nas visitas às fábricas de ração e frigoríficos. Esse curso valorizou muito nossa profissão", ressalta Ferreirinha.

A capacitação de 200 horas tem término previsto para a última semana do mês de julho.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS