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Cotidiano Quarta-feira, 21 de Março de 2012, 13:30 - A | A

Quarta-feira, 21 de Março de 2012, 13h:30 - A | A

Desabrigados prometem dormir na rua após despejo

Alessandra Carvalho - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Cerca de 62 pessoas tiveram os barracos de lonas destruídos por patrolas da Prefeitura Municipal da Capital na manhã de hoje (21), por volta das 09 horas na rua Mandula do bairro Taquaral Bosque. Eles alegam que não tem lugar para morar e devem dormir na rua.

Policiais da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais ( Cigcoe) e estavam no local com os fiscais da Prefeitura. O oficial de justiça, Mayco Ferreira Medeiros, 27 anos, estava com a intimação com ordens de retiradas das famílias que moram em três quartões que faz parte da área da Prefeitura.

Consta no papel da intimação que o local vai ser construído uma área de recreação.

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Oficial de justiça Mayco, mostra a intimação feita pela juíza Maria Izabel da 3º Vara da Fazenda Pública
Foto: Deurico/Capital News

Elisangela da Silva, 37 anos e Pedro Paulo Pereira, 41 anos, estão morando há dois meses na área do Taquaral. “ Estou desempregado e não temos como pagar aluguel. Temos seis filhos e decidimos comprar uma lona e vim pra ca . Só que a Agehab, Emha e Prefeitura nem liga para a gente. Tenho inscrição em todos e agora nunca fui chamado. A nossa intenção e ter uma casa , queremos pagar, não queremos de graça. Fomos agredidos por vários guarda municipal que vem aqui a noite e ateia fogo nas nossa barracas. Na manhã de hoje (21), fui até algemado por um homem que é funcionário da Prefeitura e fui obrigado a passar o meu nome para o oficial de justiça”, cita Pedro.

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O casal Elisangela e Pedro alegam que devem passar a noite na rua
Foto: Deurico/Capital News

Conforme Pedro, até hoje estou devendo três meses de aluguel na casa em que estava morando. Não temos família e lugar para ir. Vamos ficar aqui na rua, dormir aqui.

Conceição Brito, 50 anos, estava preocupada com o almoço das crianças. “ No período da tarde eles tem que ir para a escola. E agora estão sujos e sem almoço. Estou na rua e sem casa para morar. Não sei nem o que faço. Tenho até um filho especial. Acordei com polícia e guarda municipal gritando para a gente sair e a patrola derrubando tudo”.

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A dona de casa Conceição, 50 anos, estava preocupada com os estudos dos filhos
Foto: Deurico/Capital News

Os policiais estavam próximo dos moradores e a desocupação foi de forma pacifica.

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Fotos: Deurico/Capital News

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