O número de policiais militares envolvidos em esquema de corrupção desbaratado na Operação Holambra pode ser maior do que os nove detidos ontem, mencionou o governador André Puccinelli (PMDB), ao participar, nesta manhã, de solenidade no Hospital Regional, em Campo Grande.
O governador se recusou a dizer o número exato de policiais investigados por suposto recebimento de propina. Porém, mencionou que o número de envolvidos pode ser superior a 20.
André Puccinelli informou que uma vez concluídas as apurações e apontadas as culpas vai excluir os policiais corruptos dos quadros da Polícia Militar. “A operação está sendo muito boa. Quero expurgar as maçãs podres”, respondeu aos jornalistas.
Conforme o governador, as investigações duraram cerca de oito meses até culminar ontem em prisões e apreensões na Operação Holambra.
A Operação está sendo desenvolvida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do MPE (Ministério Público Estadual) compostos por policiais militares e civis.
Na noite de ontem, o Gaeco divulgou um balanço das operações. Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande e Sidrolândia.
Conforme o balanço, foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão domiciliar, nove mandados de busca e apreensão de veículos, oito mandados de prisão preventiva, 12 mandados de prisão temporária.
Conforme as investigações, a quadrilha era composta por civis e policiais militares que recebiam propinas para facilitar a passagem de carregamentos ilícitos vindos do Paraguai e que usam a rota Sidrolândia/Campo Grande.
Três veículos foram apreendidos e estão no pátio da Gaeco.
A polícia suspeita que os carros eram usados no contrabando de produtos oriundos do Paraguai, sendo um Ford/Escort, um veículo Renault/Clio e uma caminhonete Ford F-1000.