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Saúde Quinta-feira, 13 de Julho de 2017, 16:21 - A | A

Quinta-feira, 13 de Julho de 2017, 16h:21 - A | A

Saúde

Gestão de Trad se mexe para que corte menor na Saúde atenda bem a Capital

Campo Grande aposta em pendência de outra promessa do Governo Temer para que R$ 1,7 bilhões de reaplicação orçamentária garanta fatia mais expressiva na atenção básica

Danilo Galvão
Especial para o Capital News

Deurico/Arquivo Capital News

Gestão de Trad se mexe para que Reaplicação na Saúde atenda bem a Capital

Na passagem por Campo Grande, ministro da Saúde garantiu R$ 80 milhões sendo R$ 15 milhões para custeio permanente da área no Estado todo e recebeu cobrança por verba específica da Capital

Em momento de ajuste obrigatório das contas públicas da União, após um biênio anterior desastroso e de rombo, o Governo Federal tem encontrado dificuldades para cumprir promessas que fez ainda na gestão transitória de Michel Temer na presidência, inclusive a Campo Grande. Depois de estreitar laços com o ministério da Saúde ainda nesse período, muito por conta da coincidência partidária dele  e o “prefeito da época”, o município voltou a firmar perspectivas há seis meses durante visita de Ricardo Barros, por meio de um documento assinado por Marquinhos Trad, no qual pede um aumento do repasse para a Saúde. Com a metade de 2017 já concluída, a batalha por esse dinheiro federal ainda segue.

Antes de assumir a titularidade, chefes de todas as pastas receberam a missão de cortar e combater desperdícios para assim viabilizar dias melhores para a União, tarefa que mesmo para o ministro mais bem sucedido nesse item tornou-se inócuo. Ricardo Barros descobriu R$ 3 bilhões para o exercício de 2017, ainda nos primeiros meses de gestão, contudo o êxito não impediu cortes no Ministério da Saúde, o que reflete diretamente na atividade de quem comanda a mesma pasta na Prefeitura de Campo Grande, o médico Marcelo Vilela.

Deurico/Arquivo Capital News

Gestão de Trad se mexe para que corte menor na Saúde atenda bem a Capital

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O Secretário Municipal de Saúde que faz hoje o circuito vivido por Barros em 2016, de revisão de contratos e auditorias na pasta, tenta desesperadamente colocar Campo Grande como “mais destacada” em uma lista que prevê um aporte a mais para este ano de R$ 6,2 milhões a cada unidade federativa, graças a um recuo do Governo Federal. Sensibilizado pelo desempenho do ministro do PP em organizar a Casa, a equipe econômica de Temer aliviou a Saúde quanto a meta de corte neste ano, reduzindo o corte de R$ 3,5 bilhões para 1,7 bilhões. A mudança de planos rende em média a cada município o plus de investimento em Saúde de meros R$ 30 mil anuais, algo que por mês não significa nem R$ 2 mil.

Garantir pelo menos o já anunciado está difícil
Contar que a Capital fique com um porte maior é a defesa de Marcelo Vilela que leva diretamente com Temer e ao Ministério da Saúde por ofício problemas que a atenção básica da Rede Pública da maior cidade do Mato Grosso do Sul tem vivido. No ano passado, em outubro, a administração anterior do Executivo Municipal anunciou a vinda de mais R$ 67 milhões para a Saúde, em virtude de uma revisão do Governo Federal quanto a demanda que a cidade lida nas unidades de atendimento de média e alta complexidade, dinheiro que só tem uma barreira para chegar: a grave crise financeira que o país atravessa e os ajustes da União.

Conforme a Assessoria de Imprensa da Sesau (Secretaria de Saúde de Campo Grande), o município tem mantido contato constante com o ministério, mostrando esforços da atual gestão em também fazer ajustes para não perder de vista os R$ 67 milhões da média e alta complexidade, que ainda estão pendentes. A ida de Marcelo Vilela a Brasília, além de tratar da fatia do município no dinheiro da reaplicação da União de R$ 1,7 bilhões na Saúde em todo o país, também colocará na pauta o compromisso firmado em outubro de 2016 e ratificado em janeiro deste ano.

Só a Santa Casa de Campo Grande, maior hospital do Estado depende de R$ 20 milhões por ano para funcionar, dos quais 70% é da União. Com atraso no acesso a repasses, além de problemas para o atendimento, honrar em dia o salário de profissionais e própria manutenção se tornou uma verdadeira engenharia econômica nos últimos anos, dos quais a Prefeitura da Capital possui responsabilidade contratual de 20%, parcela que passaria a ter menos peso se a “saúde financeira da instituição parceira” sofresse menos abalos. O mesmo acontece com outros convênios e reequilibrar essa equação nos dois primeiros anos de gestão faz parte do compromisso firmado por Vilela a Marquinhos Trad.

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