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Rural Sexta-feira, 01 de Julho de 2016, 17:52 - A | A

Sexta-feira, 01 de Julho de 2016, 17h:52 - A | A

Aumento de preço

Preço da Cesta Básica na capital fecha junho a R$ 399,33, com alta de 0,11%

O aumento do preço no pacote de alimentos foi fortemente influenciado pela alta de 17,87% do feijão

Patrick Alif
Capital News

Gilberto Abelha/Foto cedida

Procon aponta variação de 2% na cesta básica em Dourados

Ao todo, sete produtos tiveram alta, com destaque para o aumento de 17,87% do feijão

O preço da cesta básica registrou alta de 0,11% em junho na capital, em comparação a maio, e terminou o mês valendo R$ 399,33. Em relação ao acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 13,68% e no ano, de 9,48%. Os dados são da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade).

Dentre os 15 produtos que compõe a cesta individual, sete tiveram alta nos preços, com destaque para: feijão 17,87%; arroz 3,75%; batata 3,47%; leite 2,54%; sal 2,00%; açúcar 1,50% e margarina 1,39%. Outros sete registraram queda no preço: tomate 4,73%; alface 4,32%; óleo 2,67%; carne 1,73%; laranja 1,13%; banana 0,95% e macarrão 0,83%. O pão francês foi o único que não registrou alteração de preço.

De acordo com a equipe técnica da Semade, o clima foi o principal causador da queda na produção de feijão no Brasil, o que refletiu na alta do preço em 17,87%.

O país, segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), produz em média 3,3 a 3,5 milhões de toneladas de feijão por ano, das quais são consumidos 3,3 milhões. Com o feijão em falta, o governo federal anunciou medidas para conter o aumento: irá importar feijão preto para reduzir o preço do produto nos supermercados.

No caso do arroz, o final da safra e o aumento da demanda do produto culminou no aumento do preço em 3,75%. Já diante do pico da colheita do tomate nas principais regiões produtoras, houve o aumento do volume do produto no mercado interno, o que influenciou a queda de preço em 4,73%. O tomate apresentou assinalação negativa pelo quarto mês consecutivo.

Nos últimos seis meses, os produtos que apresentaram maiores altas nos preços foram: feijão, batata, açúcar cristal, alface, margarina, óleo de soja, pão francês, arroz e sal.

Impacto no salário
Ao confrontar o custo da Cesta Básica Alimentar com a renda mensal, a equipe de analistas técnicos da Semade concluiu que o trabalhador que recebeu um salário mínimo equivalente a R$ 880,00 comprometeu 45,38% da sua renda na compra da Cesta Alimentar. Em maio havia comprometido 45,33%.

Portanto, restaram R$ 480,67 para suprir outras demandas, como: água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer e outros serviços.

Além disso, a análise também apontou a quantidade de horas trabalhadas. O trabalhador assalariado precisou despender para aquisição da cesta básica 99h e 50 min em uma jornada de 220 horas ao mês. Em maio, o tempo necessário de trabalho foi de 99h e 43min.

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