Divulgação/Famasul
No semestre, redução atingiu patamar de 29,5%
O prolongamento da recessão econômica reduziu o consumo interno de carne, aliado à crise no mercado internacional, gerada após a operação Carne Fraca e intensificada após denúncias envolvendo o grupo JBS. O número de abates recuou 1,885 milhão de animais, média registrada no primeiro semestre de 2016, para 1,548 milhão no primeiro semestre deste ano. Conforme dados da Superintendência Federal de Agricultura do Estado de Mato Grosso do Sul (SFA/MS), e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e correspondem a uma queda de 336,6 mil abates de um período para o outro.
De acordo com o relatório, a queda abriu espaço para os pequenos frigoríficos, desde o início do mês o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), recebeu seis processos de estabelecimentos que buscam ampliação da capacidade de produção. De acordo com o presidente da Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carnes de Mato Grosso do Sul (Assocarnes-MS) João Alberto Dias, “Não é muito rápida, nem muito grande. No caso das indústrias frigoríficas de pequeno e médio porte do Estado, elas estão tentando melhorar as suas escalas e a capacidade de abate. Haviam indústrias que operavam com 70% da sua capacidade e hoje estão operando com 100%.
No começo do ano, as unidades do Grupo JBS, abateram aproximadamente 614,7 mil animais, retração de 29,5% (257,5 mil animais a menos) em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o número de abates atingiu 872,2 mil cabeças.
Com o encolhimento das operações da JBS no Estado, os produtores acabam migrando para as pequenas e médias indústrias frigoríficas, em Chapadão do Sul, a unidade tem Serviço de Inspeção Federal (SIF), e haverá ampliação de 200 cabeças/Dia para 600 cabeças/Dia, e o frigorífico está com obras de reforma bem adiantadas, e deverá realizar a abertura com capacidade para 800 cabeças/Dia.
