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Rural Sábado, 29 de Agosto de 2015, 11:51 - A | A

Sábado, 29 de Agosto de 2015, 11h:51 - A | A

Invasões

Lideranças políticas e rurais cobram governo federal contra invasões indígenas

Mato Grosso do Sul é atualmente o foco nacional dos conflitos fundiários, com 95 propriedades rurais invadidas

Rosália Prata
Capital News

Deurico/Capital News

Lideranças políticas e rurais cobram governo federal contra invasões indígenas

Evento com produtores sobre invasões indígenas

Produtores rurais e lideranças políticas se reuniram nesta sexta- feira (28), na sede da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) para avaliar o impacto das novas invasões de terras por indígenas.  Mato Grosso do Sul é atualmente o foco nacional dos conflitos fundiários, com 95 propriedades rurais invadidas.

 Na reunião para avaliar o cenário de insegurança jurídica e montar uma verdadeira “estratégia de guerra” no estado.

 

Deurico/Capital News

Lideranças políticas e rurais cobram governo federal contra invasões indígenas

Eduardo Riedel secretário de Governo de MS

O secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel representando o governador, afirmou que a entrada de pessoas do Paraguai na fronteira é questão de segurança nacional. “O governo federal tem que mobilizar a polícia federal e entramos em contato com o exército brasileiro para que a gente tenha segurança. Não podemos deixar que aquela região vire terra de ninguém, é território brasileiro e nós temos que preservar isso. A polícia do estado está sempre presente para buscar evitar o conflito e embate, agora, nós precisamos da liberação de recursos”.

 

Deurico/Capital News

Lideranças políticas e rurais cobram governo federal contra invasões indígenas

Maurício Saito, presidente da Famasul

O presidente da Famasul, Mauricio Saito, disse que a ideia é traçar ações e dividir responsabilidades, outra preocupação da Famasul se fundamenta na posição geográfica da região que é maior foco de tensão devido às invasões nesse momento. “Hoje temos uma situação de descontrole em uma região de fronteira seca com o Paraguai. O que está em risco nesse caso não é só o direito de propriedade mas a soberania do País”, alerta Maurício Saito.
 
A Famasul quer, ainda, agilidade na execução das liminares de reintegração de posse das fazendas invadidas, cujos atos foram intensificados em MS nos últimos 15 dias.


 A Terceira vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputada Mara Caseiro (PTdoB), declarou que a Casa já tomou todas as providências possíveis que estavam ao alcance para ajudar a acabar com o conflito no campo, mas sem resultados. “Além de angustiados, estamos desanimados, porque tudo que podia cobrar, falar, pedir, a Assembleia já tem feito. Temos procurado ajuda, pedido socorro, mas não depende só da Assembleia, só do governo do Estado, ou só do Senado, depende de algo maior. Mesmo assim, são forças que estão levando a voz de vocês ao governo federal”.

Deurico/Capital News

Lideranças políticas e rurais cobram governo federal contra invasões indígenas

Deputada estadual Mara Caseiro



Em menos de dois meses, o quadro se invasões no Estado aumentou consideravelmente, saindo de 88 para o atual patamar de 95 áreas.  A Produtora Rural, Luana Ruis é uma das invadidas e ressaltou que os índios devem buscar meios legais em relação à posse de propriedade. “Se você me deve eu não posso entrar lá dentro da sua casa, eu tenho que buscar os meios adequados para isso, se os índios entendem que a minha propriedade é deles por uma questão de ocupação tradicional, que busquem os meios legais. Deveríamos eu e meus pares fazendeiros e os indígenas andar de mãos dadas batendo na porta do governo federal omisso.”

A deputada Mara Caseiro (PTdoB),  anunciou que na próxima terça-feira (1º de setembro) dará entrada na Assembleia Legislativa com um requerimento solicitando a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o CIMI (Conselho Indigenista Missionário).

Entre as principais lideranças políticas presentes à reunião, estavam os senadores Waldemir Moka (PMDB) e Simone Tebet (PMDB), os deputados federais Tereza Cristina (PSB), Mandetta (DEM) e Marun (PMDB), os secretários de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, e de Justiça e Segurança Pública, Sílvio Maluf, além dos deputados estaduais Zé Teixeira (DEM), Beto Pereira (PDT) e Márcio Fernandes (PTdoB).

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