Para tentar achar uma solução, se reuniram diversos órgãos ligados ao conflito indígena instalado na zona rural de Antônio João para discutir o problema e tentar minimizar os prejuízos causados tanto aos produtores rurais quanto aos indígenas. O encontro aconteceu nesta sexta-feira (28), proposto pelo Departamento de Operações de Fronteira (DOF), aconteceu no prédio do Ministério Público Federal (MPF), em Ponta Porã.
O conflito começou quando índios da Aldeia Marangatu invadiram a Fazenda Primavera e expulsaram os moradores. Depois, a invasão atingiu outras propriedades e o distrito de Campestre, onde cerca de 40 famílias deixaram o local. Preocupado coma situação, o prefeito Selso Lozano (PT), decretou estado de emergência no município.
Sob a coordenação do Diretor do DOF, Coronel Ary Carlos Barbosa, com a participação do Diretor da Funai, Elder Paulo Ribas, o Delegado da Policia Federal, Bruno Maciel e o Delegado Regional de Policia Civil de Ponta Porã, Clemir Vieira Junior, se reuniram com representantes dos produtores rurais das fazendas invadidas.
O tema principal foi as últimas invasões das Fazendas Fronteira, Cedro, Barra, Piquiri, Morro Alto, Brasil e Ita-Brasília, e como institucionalmente poderiam ser minimizados os prejuízos dos índios e dos produtores na região, ficando a princípio marcada uma vistoria nas fazendas supostamente invadidas a fim de verificar as condições das propriedades para posteriormente ser montado um organograma para retiradas de mobiliários e do gado. Essa proposta deverá ser levada pela Funai aos indígenas.
Neste sábado, representantes da bancada federal, deputados estaduais, bem como secretários de governo e o Diretor do DOF estão em Antônio João para discutirem junto a produtores e indígenas possíveis caminhos para solução do conflito.