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O Brasil é o 2º maior produtor mundial de mandioca, ficando atrás somente da Nigéria, segundo informações da Secex – Secretaria de Comércio Exterior
A produção de mandioca aumentou 182,3% entre 2005 e 2015, segundo levantamento publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As exportações, entre 2013 e 2016, tiveram uma evolução de 255%, o que coloca o Brasil como o 2º maior produtor mundial.
Nos últimos anos, a matéria-prima tem se popularizado na mesa dos brasileiros, seja na forma in natura ou por subprodutos como polvilho e tapioca. Para continuar atendendo a demanda, os produtores rurais de Mato Grosso do Sul têm procurado conhecer técnicas atualizadas de plantio e processamento. A preocupação deve-se ao fato de que a mandioca necessita de manejo diferenciado para possibilitar um rendimento lucrativo para na comercialização.
Para capacitar os produtores, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS) tem prestado assistência. O intuito da ação é diversificar a produção das atividades no campo.
Um dos grupos atendido foi o da Associação de Produtores do Distrito de Morraira localizado no município de Bodoquena, distante 270 quilômetros da Capital. A associação é composta por produtores da região de Figueirão e Alcinópolis.
Em Figueirão, o grupo de produtores atendidos pelo programa Hortifruti Legal, uma das frentes de atendimento da metodologia de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MS, é composto por 30 famílias que desenvolvem um mix de produção que varia de hortaliças a vegetais.
Um dos produtores que participa do programa é Valdir Bipo que, depois de participar do curso sobre cultivo de mandioca, enxergou a possibilidade de aumentar o rendimento familiar com a produção tecnificada. “Venho de uma família de agricultores, mas, percebi que desconhecia muitas técnicas e o profissional que nos atende fez um trabalho que incluiu desde o diagnóstico do solo até experimentos com variedades da raiz. Meu primeiro investimento foi plantar 1,5 hectare. O investimento me rendeu uma colheita de quase 50 toneladas”, relata.
Para o superintendente do Senar/MS, Rogério Beretta, a metodologia de ATeG possibilita aos produtores uma transformação pessoal e profissional, por agir não somente na assistência técnica, mas também na extensão rural. “O trabalho realizado com estas famílias é gratificante, pois, percebemos na maioria dos casos, o desejo sincero de aprender, seja atendendo as recomendações técnicas ou participando dos cursos da instituição. O retorno que temos recebido é o melhor possível, pois acompanhamos o crescimento profissional e retomada da autoestima em cada produtor atendido”, explica.