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Política Segunda-feira, 13 de Novembro de 2017, 08:50 - A | A

Segunda-feira, 13 de Novembro de 2017, 08h:50 - A | A

Municípios

Sem dinheiro, prefeitos de MS vão a Brasília pleitear recursos para quitar o 13º

Maioria dos prefeitos faz malabarismo para pagar salários, diz presidente da Assomasul

Flávio Brito
Capital News

Os prefeitos de Mato Grosso do Sul terão dificuldade no fechamento das contas públicas, caso o governo federal não libere recursos adicionais às prefeituras no fim do ano, conforme previsão do o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Pedro Caravina (PSDB).

Caravina falou em entrevista à TV Morena na manhã desta segunda-feira (13) sobre a possibilidade do não pagamento do 13º salário dos servidores municipais por parte de alguns municípios, cujos prefeitos, segundo o dirigente, não dispõem de dinheiro em caixa para honrar com esse e outros compromissos. 

Ele observou que alguns municípios que receberam repasse referente à arrecadação do ITR (Imposto Territorial Urbano) de outubro terão condições de separar boa parte do valor para pagar o funcionalismo. No entanto, acredita que maioria terá dificuldade de cumprir esse compromisso.

“A maioria está tendo de fazer malabarismo, deixando de pagar fornecedor, deixando de honrar alguns compromissos para cumprir a prioridade que é pagar o funcionalismo”, afirmou, adiantando que no próximo dia 22 os prefeitos vão a Brasília pressionar o governo federal a liberar verbas extras às prefeituras.

O dirigente se referiu a mobilização nacional organizada pela CNM (Confederação Nacional de Municípios) com objetivo de garantir o repasse do chamado AFM (Apoio Financeiro dos Municípios), cujo repasse emergencial é estimado em R$ 4 bilhões para distribuição proporcional entre os municípios brasileiros.

Pelos cálculos da CNM, as 79 prefeituras de Mato Grosso do Sul terão direito a R$ 58,720 milhões do auxílio financeiro reivindicado pelo movimento municipalista.

A reivindicação é que o repasse dos valores seja feito por meio do FPM, a exemplo da medida emergencial feita anteriormente, sem vinculações e sem desconto do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica).

“No dia 22 deste mês, tem uma marcha a Brasília por convocação da CNM, onde vamos pressionar o governo para liberar o chamado auxílio financeiro. O último auxílio foi liberado em 2014. Em 2015 e 2016, não recebemos esse auxílio, então estamos indo em busca, na tentativa de liberar esses recursos”, acrescentou.

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