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Política Terça-feira, 08 de Janeiro de 2019, 16:38 - A | A

Terça-feira, 08 de Janeiro de 2019, 16h:38 - A | A

REIVINDICAÇÃO

Pais e alunos manifestam revolta com fechamento de escolas na Câmara

Vereadores já acionaram o MPE e cobram providências para tentar manter os colégios abertos

Leonardo Barbosa
Capital News

Câmara Municipal/Divulgação

Pais e alunos manifestam revolta com fechamento de escolas na Câmara

Revolta, tristeza e indignação. Sentimentos que marcaram as declarações feitas por pais, alunos, professores e demais profissionais de escolas públicas estaduais de Campo Grande que foram surpreendidos pelo anúncio de que os locais serão fechados pela Secretaria Estadual de Educação. Eles participaram de reunião na Câmara Municipal na manhã desta terça-feira (8). O debate foi promovido pelo vereador Valdir Gomes, presidente da Comissão Permanente de Educação da Casa de Leis e integrante da Comissão Representativa do recesso parlamentar. Vereadores já acionaram o Ministério Público Estadual e continuarão cobrando providências para tentar manter os colégios abertos.  

 

Depois das rematrículas dos alunos já terem sido feitas, a Secretaria Estadual de Educação anunciou, nos últimos dias, o fechamento das escolas Riachuelo, no Bairro Cabreúva, Consuelo Muller, na Vila Jacy, Otaviano Gonçalves da Silveira Junior, que fica dentro do residencial Flamingos, e a escola Zamenhof, localizada na Rua Dom Aquino, região central de Campo Grande. No total, são quase 1,2 mil estudantes. 

 

Agora, segundo o vereador Valdir Gomes, as reivindicações feitas durante a reunião desta terça-feira e as comprovações das matrículas serão anexadas ao requerimento formalizado junto ao Ministério Público Estadual. No dia 20 do mês passado, os vereadores aprovaram o pedido cobrando providências do MPE para que a Secretaria seja notificada a não fechar os estabelecimentos de ensino.  

 

“Não vou me calar. Represento a educação nessa Casa. Não tem que fechar escola”, afirmou Valdir Gomes. Ele contou que procurou a secretária estadual de Educação, Maria Cecília Amendola da Mota, mais de uma vez, esteve nos colégios com o secretário adjunto e esteve no MPE.  “A secretária me apresentou contas para dizer que não podia atender a esse pedido de não fechar as escolas; apoiei o governo e estou quase me arrependendo”, afirmou. Ele argumentou que há cargos administrativos que podem ser cortados ou coordenadorias para economizar custos. “Estamos tratando de vida e educação”, finalizou. 

 

A vereadora Dharleng Campos fez apelo para que os professores não sejam perseguidos e defendeu a importância de os vereadores estarem representando a comunidade no caso. “Estamos aqui para representar o povo, o que acontece em Campo Grande é responsabilidade nossa, mesmo tratando-se de escolas estaduais. Vamos conseguir chegar ao coração da secretária. Vamos lutar até o fim para mudar essa realidade”, disse. 

 

Esse mesmo debate precisa ser estendido à Assembleia Legislativa, conforme o vereador André Salineiro, que já vai entrar em contato com alguns deputados para ampliar a busca por soluções. “Faço parte da bancada do PSDB, mas nem por isso concordo com a medida da Secretaria de Educação. Temos que buscar entendimento”, argumentou.   

 

O vereador Dr. Wilson Sami falou que é solidário e disse que a luta é legítima. “Escola não se fecha, é absurdo. Derrubaremos os argumentos da Secretaria, sejam lá quais forem”, afirmou. Já o vereador Fritz enfatizou a necessidade de usar o controle social, por meio dos Grêmios Estudantis, para documentar em ata a insatisfação. “Temos que lutar usando as armas certas, pontuando ainda ofertas, subsídios e projetos pedagógicos nestas atas para mostrar a efetividade”, disse.

 

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