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Política Sexta-feira, 18 de Agosto de 2017, 17:17 - A | A

Sexta-feira, 18 de Agosto de 2017, 17h:17 - A | A

IMPCG

Lauro Davi avisa que não tinha medo de CPI ao deixar Prefeitura

Ex-diretor presidente do instituto de previdência cita que saída da Prefeitura foi por motivo pessoal e técnico

Danilo Galvão
Capital News

Deurico/Arquivo Capital News

Lauro Davi

Ex-deputado e presidente da Cassems, ex-gestor do instituto já foi docente

Um dos primeiros a receber o convite para trabalhar na equipe de Marquinhos Trad na Prefeitura de Campo Grande, Lauro Davi (PSB) é também uma das primeiras baixas do Executivo em cargos de alto escalão ainda no ano de início da atual gestão. A saída coincide com a abertura de uma CPI que investigará o instituto que ele gerenciava, mas o ex-deputado estadual, com passagem também pela presidência da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado do Mato Grosso do Sul garante que não foi qualquer medo da comissão que estimou a decisão pessoal.

“Eu conheço o que é CPI, fui parlamentar e participei da investigação da Saúde do Estado conduzida na Assembleia na última legislatura. Posso afirmar com propriedade que essa CPI da Câmara possui bandeira política e no período que estive à frente do IMPCG toda documentação antes solicitada por vereadores foi repassada. Tenho a consciência tranquila de um trabalho que no período de contribuição cortou gastos desnecessários e apontou soluções”, pondera Davi, que pediu exoneração depois de verificar um contra-senso da Prefeitura de Campo Grande quanto à perspectiva do seu trabalho.

“Duas pessoas da minha confiança e que foram nomeadas no instituto para me ajudar foram desligadas e substituídas por quem já estava antes no órgão. Não era algo que eu poderia compactuar então veio a decisão de sair. Foi inevitável”, explica o ex-diretor presidente do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande que será substituído pela dentista Camila Nascimento de Oliveira, que já foi gestora da Funsaúde (autarquia que administra o Hospital Municipal de São Gabriel do Oeste).

Divulgação

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Câmara insiste em investigação

Por ano, o instituto que foi gerenciado por Lauro Davi, custa um déficit de R$ 110 milhões ao orçamento do Poder Público Municipal, sentença que depende de cortes de gastos e aumento de receitas para ser enxugado. O prospecto que aborda o encaminhamento para uma solução progressiva do problema teria sido deixado como legado pelo ex-diretor, antes da exoneração. No mesmo dia da baixa, o Legislativo da Capital anunciou a criação de um colegiado de investigação sobre o funcionamento do IMPCG, formado a partir de uma comissão criada no início do ano.

 

Alvo de CPI instituída na Câmara Municipal de Campo Grande, o IMPCG compreende a Funserv, Servimed e Previcamp, e oferece ao balanço das contas públicas da Prefeitura um rombo anual de R$ 8,5 milhões todos os meses. O motivo do gargalo é o mesmo que afeta o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), e que predispõe o Governo Federal a articular uma reforma na Previdência Pública.

O grupo de trabalho é composto pelos vereadores Fritz (presidente), Enfermeira Cida Amaral (relatora), Pastor Jeremias Flores, Veterinário Francisco e André Salineiro. As atividades da CPI serão realizadas no prazo de 120 dias, podendo ser prorrogadas.

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