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Política Sexta-feira, 08 de Setembro de 2017, 15:51 - A | A

Sexta-feira, 08 de Setembro de 2017, 15h:51 - A | A

"Cui Bono"

Gedel é transferido para Brasília e fica preso na Papuda

Pedido de prisão de Geddel argumenta a necessidade de medidas para evitar “a destruição de elementos de provas imprescindíveis à elucidação dos fatos”

Flávio Brito
Capital News

Detido no início da manhã desta sexta-feira (8), em Salvador, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) desembarcou em Brasília às 16h (horário local). Ele foi transferido pela Polícia Federal em um jatinho, que saiu de Salvador na Bahia por volta das 13h40 (horário local),  e vai inicialmente à sede da Superintendência da PF na capital federal. Em seguida, o peemedebista deve ser encaminhado ao presídio da Papuda, no Distrito Federal, de acordo com informações divulgadas pelo portal UOL.  Duas viaturas da PF estiveram no condomínio residencial onde Geddel cumpria prisão domiciliar, no Bairro da Barra, região nobre da capital baiana. A prisão ocorreu pouco antes das 7h desta sexta.

O Ministério Público Federal (MPF) faz parte da força-tarefa denominada Greenfield, que cumpre dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão. Todos ocorrem em Salvador e fazem parte de mais uma fase da Operação Cui Bono, que investiga desvios de recursos em vice-presidências na Caixa Econômica Federal. O segundo mandado de prisão foi emitido contra o superintendente da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz.

O pedido de prisão de Geddel argumenta a necessidade de medidas para evitar “a destruição de elementos de provas imprescindíveis à elucidação dos fatos”. Após a solicitação, o juiz federal Wallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, autorizou o cumprimento dos mandados, para recolher provas de crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Reprodução

geddel

Ministro foi preso nesta manhã

Na terça-feira (5), a PF apreendeu malas e caixas de dinheiro, totalizando mais de R$ 51 milhões,  em um apartamento na Graça, em Salvador. O proprietário, Sílvio Silveira, confirmou em depoimento, que emprestou o imóvel a Geddel, que teria pedido para guardar pertences do pai, que morreu no ano passado. Até a manhã de hoje, Geddel cumpria prisão domiciliar.

Após o cumprimento de prisão preventiva, a defesa do ex-ministro informou, em nota, que se manifestará “somente quando tiver acesso aos autos”. Segundo informou o advogado de Geddel, Gamil Föppel, ele ainda não teve acesso aos documentos que são mencionados no decreto de prisão.

Na mesma nota, o advogado lamenta que o direito de defesa “seja tão reiteradamente desrespeitado”, porque alega que o acesso “a elementos de prova, já documentado nos autos” não pode ser impedido. A primeira fase da Operação Cui Bono foi deflagrada pela PF em 13 de janeiro deste ano e investigou esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal no período entre 2011 e 2013. De acordo com a investigação,  entre março de 2011 e dezembro de 2013, a vice-presidência de Pessoa Jurídica da instituição era ocupada por Geddel Vieira Lima. Está é a 4ª fase da operação.


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