Edson Ribeiro
Segundo presidente da Assomasul, Jair Bolsonaro não deixou muito claro o desejo de atender as demandas dos prefeitos.
Nesta terça-feira (09), durante a abertura da XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Pedro Caravina, avaliou que a fala do presidente Jair Bolsonaro, está longe da expectativa dos prefeitos.
De acordo com Caravina, “O presidente, cujo slogan de campanha foi Mais Brasil, menos Brasília, não chegou a frustrar os prefeitos, mas não citou em seu discurso a maioria dos pontos da pauta prioritária defendida pela CNM (Confederação Nacional de Municípios)”, afirma.
Ainda segundo a visão do presidente da Assomasul, o Presidente da República Jair Bolsonar, não deixou muito claro o desejo de atender todas as demandas dos gestores públicos, limitando-se a se manifestar favorável ao aumento de 1% no repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) no mês de setembro.
Pedro Caravina aponta que, “A gente não pode dizer que frustrou, mas a fala dele foi aquém da expectativa dos prefeitos. A gente esperava que ele falasse mais de forma concreta das pautas municipalistas. Em resumo, ele só adiantou que o governo vai apoiar o Congresso na aprovação do 1% do FPM a ser pago em setembro, que é importante porque é um mês de receita baixa”, destaca.
Para o presidente da Assomasul, Bolsonaro não citou em sua fala, por exemplo, a concessão onerosa, os royalties do petróleo, a questão do ISS na cobrança do cartão de crédito, entre outros temas constantes da pauta. “Ele voltou a reafirmar que é municipalista e que o pouco que tem terá de ser dividido com os municípios e confirmou a questão do 1%. Por outro lado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), condicionou a melhoria dos municípios a reforma da Previdência”, enfatiza Caravina.
Porém, a esperança dos prefeitos, segundo Caravina, é quanto a posição dos ministros, com os quais, “A gente está acreditando que os ministros vão falar de forma mais concreta de alguns assuntos. O ministro da Economia, Paulo Guedes, vai ter uma audiência com a gente e deve falar alguma coisa”, conclui.