Após um escândalo sobre extorsão de políticos e empresários de Campo Grande, que estariam envolvidos em uma suposta rede de prostituição e pedofilia, explodir na mídia, ligando o nome do atual vereador do Partido Social Liberal (PSL), Alceu Bueno, a Câmara dos Vereadores de Campo Grande decidiu instituir uma Comissão de Ética para apurar decoro parlamentar.
Deurico/Capital News
Entrevista ao Capital News, Alceu Bueno afirmou que não tem relação com as denúncias e investigações
De acordo com a assessoria, a comissão deve ser criada na próxima Sessão Ordinária, que ainda não tem data definida, mas deve ser após a coletiva marcada pelo delegado responsável pelo caso, Paulo Sérgio Lauretto, titular da DEPCA (Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente), nesta quarta-feira (22), no qual o mesmo irá apresentar informações oficiais sobre o caso.
O presidente da Câmara, vereador Mario Cesar (PMDB) se pronunciou afirmando que a comissão vai apurar o envolvimento do vereador e caso comprovado algum “desvio de postura” o Alceu poderá até perder o cargo. "Temos acompanhado na imprensa toda a repercussão do caso e não podemos ficar parados diante de uma situação como essa. Se confirmada a veracidade dos fatos é inadmissível que não tomemos uma atitude", afirma Mario Cesar.
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Presidente da câmara, Mario Cesar (PMDB), preoupado com esse caso de extorsão não prejudique os trabalhos na casa de leis.
Conforme determina o Regimento Interno da Câmara Municipal, as medidas disciplinares podem chegar até a perda de mandato.
O Caso
Na última quinta-feira o ex-vereador Robson Leiria Martins e Luciano Roberto Pageu, foram presos em flagrante por suspeita de participação em crimes de extorsão de políticos e empresários de Campo Grande, que estariam envolvidos em uma suposta rede de prostituição e pedofilia.
Conforme o delegado da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Paulo Sergio Lauretto, a princípio a polícia estava investigando o crime de extorsão, denunciado pelo vereador Alceu Bueno, que depois os levou a investigar a existência da uma suposta rede de prostituição e pedofilia. “Nós não estávamos abafando o caso, acontece que nós estamos investigando e fatos novos surgem a cada dia, como por exemplo, a ligação entre esses dois crimes”, explicou o delegado.
