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Política Terça-feira, 13 de Março de 2018, 14:17 - A | A

Terça-feira, 13 de Março de 2018, 14h:17 - A | A

Turismo

Agências de Campo Grande reivindicam mudanças na cobrança do ISSQN

Reforma tributária garantirá desenvolvimento do setor, afirmam empresários, sobre o preso da carga tributária sobre o faturamento das empresas

Flávio Brito
Capital News

Agências de turismo de Campo Grande reivindicam mudanças na cobrança do  Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) para garantir o desenvolvimento do setor.  A partir de uma solicitação do setor de turismo de Campo Grande, por meio da Abav e Conselho Empresarial de Turismo (Cetur) da Fecomércio-MS, foi proposto um Projeto de Lei (PLC 537/2017) que altera a base de cobrança do imposto sobre serviços aplicado ao setor de turismo. Inicialmente, apresentado e aprovado pela Câmara, foi vetado pelo Poder Executivo com parecer de inconstitucionalidade da Procuradoria do Município.

 

Após a decisão do Executivo, uma reunião entre os representantes do setor de turismo, Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Finanças e Planejamento (Sefin), Associação Comercial de Campo Grande (ACICG), vereadores Dr. Lívio e Chiquinho Telles, e o Cetur/Fecomércio-MS,  foi realizada com o objetivo de discutir nova proposição que possa tornar mais equilibrada a cobrança de impostos e recolhimentos por parte do município às empresas ligadas à prestação de serviços do turismo.

 

“Hoje, a cobrança do ISSQN é calculada sobre o valor total das atividades e serviços prestados pelas agências e operadoras de turismo, o que se propõe é a alteração da legislação tributária do município para que a cobrança incida sobre a comissão recebida por estas empresas”, explica a Gerente de Relações Institucionais da Fecomércio-MS, Tatiana Maachar.

 

Para a coordenadora do Cetur/Fecomércio-MS, Kassilene Cardadeiro, o projeto de lei é oportuno pois incentivará a competitividade dos serviços turísticos, trazendo fomento para a economia local, por meio da arrecadação correta de impostos,  e desenvolvimento por meio de novas contrações, por exemplo.

 

“O turismo é um importante transformador de economia e da sociedade, promove inclusão social, gera oportunidades de emprego e renda. Assim, percebe-se que a matéria é de relevante interesse público e privado, devendo prosperar pela sua importância”, destaca o vereador Dr. Lívio, autor do projeto de Lei.

 

Novos trâmites

Após reunião realizada na sede da Prefeitura, nessa segunda-feira (12/03), com a presença do secretário de Finanças e Planejamento (Sefin), Pedro Pedrossian Neto, do secretário Adjunto Sérgio Antônio Padovan, representando a ACICG, Roberto Oshiro, assessoria jurídica do vereador Chiquinho Telles, Marcos Paulo, presidente da Abav, Cristiano Cicuto, representando a Fecomércio-MS, Tatiana Maachar, e da Cetur, Kassilene Cardadeiro, ficou acordado um novo encontro com a Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec) para alteração da Nota Fiscal (NF) a ser emitida pelo setor de turismo, e a construção de um Projeto de Lei, desta vez de proposição do Executivo, para alteração do artigo 65 da Lei Municipal Complementar 59/2003.

 

“Se a remuneração efetiva das agências de viagens é a comissão a ela paga, não há outra interpretação aceitável que não seja a incidência do imposto exclusivamente sobre esta parcela, e não sobre valores que não são recebidos pela agência, isto é, pagamentos que são tão somente repassados aos fornecedores e consumidores das agências”, finaliza Tatiana Maachar.

 

Para o presidente do Sistema Fecomércio-MS, Edison Araújo, a Prefeitura entendeu que a cobrança sobre a comissão dos valores recebidos por agências e operadoras de turismo traz maior equidade ao setor e possibilita o desenvolvimento da cadeia produtiva do turismo de Campo Grande.

 

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