O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) tomou posse nesta sexta-feira (15) como ministro da Secretaria de Governo, cargo responsável pela articulação política entre o Executivo e o Legislativo. Marun substitui na Secretaria de Governo o tucano Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que retomou o mandato de deputado federal.
“Passo a tarefa ao novo ministro, deputado Carlos Marun, que, pela experiência e qualidade que dispõe, tenho certeza de que irá fazer uma grande trabalho. Hoje também é tempo de recomeçar e é com muita alegria que retorno à Câmara dos Deputados. Continuarei trabalhando pelo Brasil e pela Bahia”, disse o parlamentar e agora ex-ministro.
Deputado de primeiro mandato eleito pelo Mato Grosso do Sul e formado em engenharia e direito, o gaúcho Marun é considerado um guardião do presidente. Marun e Temer se aproximaram principalmente depois que o antigo protegido do ministro, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi cassado.
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Os laços se estreitaram ainda mais após a delação premiada dos executivos da JBS vir à tona, a qual classificou como “complô” contra o presidente. Desde então, passou a ser frequentador assíduo do Planalto, o que só costuma ocorrer com os parlamentares mais próximos do presidente.
“Eu sei que é um desafio. E por que estou aceitando este desafio? Por que eu acredito no governo Temer. E me sinto extremamente motivado por vossa coragem, por vossa determinação. E vejo no senhor um homem determinado, neste momento ímpar da história nacional, a fazer aquilo que o Brasil precisa que seja feito”, discursou o novo ministro.
“Abro mão da minha reeleição para estar ao seu lado, se for o vosso desejo, obviamente, até que está tarefa esteja concluída”, disse Marun. Entre os desafios do novo ministro está auxiliar o Planalto a conquistar os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, a partir de fevereiro do ano que vem.
O governo tentou viabilizar a votação na próxima semana, porém não conseguiu a garantia de vitória na votação. Ao discursar na cerimônia, o presidente pediu a Marun que se dedique “18 horas por dia, se possível 20 [horas]” à reforma da Previdência.