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Polícia Sexta-feira, 22 de Julho de 2016, 08:57 - A | A

Sexta-feira, 22 de Julho de 2016, 08h:57 - A | A

Terroristas na capital

Suspeitos de planejar terrorismo nas Olimpíadas são encaminhados para Campo Grande

Os 10 suspeitos estão presos no mesmo presídio onde cumpre pena o traficante Fernandinho Beira-Mar

Patrick Alif
Capital News

Valter Campanato/Agência Brasil

Suspeitos de planejar terrorismo nas Olimpíadas são encaminhados para Campo Grande

O encaminhamento dos 10 suspeitos a Campo Grande foi uma determinação do Ministério da Justiça

Os dez investigados por planejaram um atentado terrorista durante as Olímpiadas do Rio, estão detidos no Presídio Federal de Campo Grande. Os brasileiros são suspeitos de compor uma célula terrorista internacional do Estado Islâmico, no País, e estariam preparando atentados na Olimpíada do Rio. A prisão é a mesma onde está o traficante Fernandinho Beira-Mar.

Deurico/Arquivo Capital News

Foto ilustrativa de fachada do Presídio Federal, Penitenciária Federal de Campo Grande

A prisão é a mesma onde cumpre pena o traficante Fernandinho Beira-Mar


A assessoria de Comunicação da Polícia Federal informou à reportagem do Capital News, que os dez suspeitos estão detidos no Presídio Federal de Campo Grande, a mesma onde está detido o traficante Fernandinho Beira-mar. Eles teriam chegado na capital sul-mato-grossense na madrugada desta sexta-feira (22). A decisão foi uma determinação do Ministério da Justiça.

De acordo com o Estadão, o procurador da República Rafael Brum Miron, da Operação Hashtag, afirmou que as provas colhidas até o momento possibilitam o enquadramento dos investigados por ‘promover’ ou ‘integrar’ organização terrorista como crime’. “Entre as principais provas identificadas até o momento, há uma comunicação eletrônica na qual um dos integrantes do grupo conclama interessados a se organizarem para prestar apoio ao Estado Islâmico com treinamento já em território brasileiro. Foram também identificadas mensagens relacionadas a possibilidade de se aproveitar o momento dos Jogos Olímpicos para a realização de ato terrorista”, aponta, em nota, a Procuradoria da República, no Paraná.

O caso
A Operação, que foi denominada pela Polícia Federal como Hashtag, cumpriu 31 mandados judiciais, entre prisões, buscas e conduções coercitivas na quinta-feira (21). “A custódia dos presos em presídio federal efetivará a prevenção de atuação terrorista pelo grupo em questão durante o evento internacional sediado no País”, informou.

 

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De acordo com os investigadores, alguns dos suspeitos já haviam feito o ‘batismo’ ao Estado Islâmico (bayat), ‘juramento de fidelidade exigido pela organização terrorista para o acolhimento de novos membros’.


Segundo o Ministério Público Federal, ‘tais atos, aliados a uma série de outros graves indícios, demonstraram a imprescindibilidade da prisão temporária decretada, tudo para garantir a segurança e paz pública necessárias à realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016’.

“Por meio de medidas como quebra de sigilo telefônico e de dados, devidamente autorizadas pelo Juízo da 14ª Vara Federal de Curitiba/PR, constatou-se a tentativa de organização do grupo para promoção de atos terroristas durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. O contato entre os indivíduos dava-se essencialmente por meio de redes sociais, Telegram e demais modos de comunicação virtual, espaço no qual também divulgavam ideais extremistas e de perseguição religiosa, racial e de gênero”, sustenta a Procuradoria.

Também foi informado pela Procuradoria que ‘embora se tenha constatado indícios de atos preparatórios pelo grupo, não houve notícia de atos concretos para a realização de ataque terrorista’. O processo tramita em segredo de Justiça, segundo a Procuradoria, ‘a fim de assegurar o êxito da operação e a eventual obtenção de novas provas’
(Com informações do Estadão).

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