Reprodução Facebook
Primeira-Dama Cláudia Batista e o prefeito de Jaraguari Vagner Gomes Vilela
A primeira-dama, Cláudia Batista de Oliveira Vilela, esposa do prefeito Vagner Gomes Vilela (PDT) e uma servidora pública do município de Jaraguari, localizado a 42km de Campo Grande, foram detidas na última quinta-feira (16) por suspeita de se apropriar indevidamente do cartão aposentadoria de dois idosos.
A acusação é de realizar saques com o cartão de um idoso de 88 anos e de ter feito saques em torno de R$ 24 mil durante dois anos e 4 meses, de acordo com a polícia. Claudia também é secretária de assistência social do município e foi presa em flagrante depois que a polícia encontrou com ela o cartão aposentadoria do idoso.
A polícia colheu depoimento da secretária durante nove horas e acabou sendo liberada após pagar fiança de R$ 6,3 mil. Segundo informações do G1 MS, o prefeito Vagner, declarou que a esposa é inocente. "Ela está ali para ajudar, a gente sempre esteve aí para ajudar. A gente tem a Casa Lar aqui, sempre a gente pegou nessas condições e ela estava com cartão na Assistência porque, inclusive em 2013, ela foi até a promotoria, pediu a orientação e falou: olha, você pode ficar com dinheiro e, ao mesmo tempo, faz a prestação de conta. A gente mostrou, inclusive, hoje na delegacia que ela tem toda a prestação de conta do que era feito com o dinheiro do aposentado", disse o prefeito.
“Quantias altas”
Na Casa Lar, onde ficam os idosos foi encontrado cartões e R$ 10,8 mil que seriam referentes aos benefícios dos idosos, que recebem um salário mínimo por mês. O delegado responsável, Antenor Batista da Silva Júnior falou sobre os questionamentos feitos à primeira-dama. "Ela nos alegou que pagava compra com aquisições de medicamentos, vestimentas, alimentos e que todos os meses dava R$ 100, R$ 150, R$ 200 “para o idoso”, fato negado pelo idoso com relação, principalmente, a não ter recebido durante esse tempo qualquer quantia da primeira-dama", disse o delegado.
As duas suspeitas serão indiciadas por apropriação indébita, que é um crime previsto no Estatuto do Idoso. Elas vão responder o processo em liberdade e também pode responder por expor a perigo a integridade e a saúde do idoso.
