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Polícia Segunda-feira, 24 de Outubro de 2016, 19:15 - A | A

Segunda-feira, 24 de Outubro de 2016, 19h:15 - A | A

Investigação encerrada

Investigações sobre obra do aterro sanitário são encerradas pela Polícia Federal

As investigações foram realizadas com o apoio da Controladoria Geral da União

Edyelk dos Santos
Capital News

As investigações realizadas em conjunto com a Controladoria Geral da União, relativas à obra do aterro sanitário de Campo Grande, localizado ao lado do “lixão” na saída para Sidrolândia/MS foi concluídos pela Polícia Federal.


Foi apurado também o processo licitatório para a para a execução do serviço público de coleta e tratamento dos resíduos sólidos (lixo) de Campo Grande no período de 25 a 35 anos, que foi estimada em R$ 1 bilhão.

As investigações foram vinculadas pelo fato de verbas oriundas da concorrência para coleta e tratamento de resíduos terem sido utilizadas para a conclusão do aterro sanitário, visto os mesmos indivíduos, através de suas empresas, terem obtido os contratos por meio de uma segunda licitação, considerada pela investigação como direcionada.

As obras do aterro iniciaram em 2006, paralisaram em 2008 e somente foram retomadas em 2012, após a Concorrência no 66/2012 da Prefeitura Municipal.

Já na obra do aterro sanitário, as investigações apontaram para a existência de desvio de recursos públicos federais em razão de superfaturamento, com o uso de materiais de qualidade e especificações menores daqueles que foram pagos pelo Poder quanto ao Processo Licitatório para a execução da coleta e tratamento de resíduos sólidos em Campo Grande, constatou-se ter havido simulação na licitação.

Ainda, as investigações demonstraram que valores pagos pela Prefeitura Municipal de Campo Grande pelos serviços de coleta de lixo foram utilizados na compra de parte de uma fazenda em Porto Murtinho, avaliada em mais de R$ 30 mil. Essa aquisição foi feita por meio de uma empresa cujos sócios são investigados e parentes de pessoas que ocupavam posições de decisão na Prefeitura Municipal à época.

Desta forma, os investigadores concluíram ter havido o cometimento de crimes de corrupção, formação de quadrilha, falsidade ideológica, desvio de recursos públicos e de lavagem de dinheiro por parte de 12 indivíduos que foram indiciados, cada um nos delitos individualmente cometidos.

O Inquérito Policial será encaminhado à Procuradoria Regional da República junto ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região em São Paulo para análise acerca do oferecimento de denúncia perante aquele Tribunal.

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