Megaoperação contra pedofilia tem homem preso em Campo Grande e o número de pessoas detidas em todo o país chega perto dos 100. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim, atualizou para 97 o número de presos da megaoperação Luz na Infância, que já cumpriu 106 dos 178 mandados de busca e apreensão emitidos pelos tribunais de justiça estaduais.
As informações sobre os suspeitos foram fornecidas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública às polícias civis dos estados, que têm jurisdição sobre o crime e deram continuidade às investigações. No Amapá e no Piauí, o trabalho não foi concluído a tempo da deflagração da operação, que envolveu os outros 24 estados e o Distrito Federal. O ministro afirmou que o trabalho continua e mais mandados podem ser emitidos nos próximos dias.
Com o objetivo de apurar crimes de exploração sexual contra crianças, estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão em Campo Grande/MS. Estão envolvidos na operação Luz na Infância três delegados, 12 investigadores de Policia, quatro escrivães e um perito da Policia Civil. Um homem foi preso na Capital por porte ilegal de arma e drogas, e um segundo teria sido detido por armazenar material pornográfico infantil.
Os alvos da operação Luz na Infância foram identificados através de um levantamento de informações pela Senasp e a Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil. Com base em informações e evidências coletadas em ambientes virtuais, a Polícia Civil instaurou inquéritos) policiais e representou pelas buscas e apreenões junto ao Poder Judiciário, visando apreender computadores e dispositivos informáticos onde estão armazenados os conteúdos de pedofilia, indiciar e prender os criminosos.
As investigações que resultaram na operação Luz na Infância vêm sendo feitas há seis meses e resultam do aprimoramento do trabalho de inteligência de segurança pública e atuação em modelo de força tarefa, que reúne em um mesmo ambiente de trabalho policiais com expertise e capacitação na repressão aos crimes virtuais e de pedofilia
O número final de presos e mandados cumpridos será divulgado pelo Ministério da Justiça até o fim do dia. As investigações agora vão apontar se os presos fazem parte de quadrilhas nacionais e internacionais ou se agiam sozinhos. Também não foram divulgadas informações consolidadas sobre o perfil das pessoas que foram presas.
A Diretoria de Inteligência da Senasp contou com o apoio de parceiros nos Estados Unidos e na União Europeia, que colaboraram com a troca de informações e softwares necessários para monitorar os criminosos. Mais de 150 mil arquivos com conteúdo pornográfico de menores de idade foram encontrados pelas investigações.
"Está bem documentado, e com a maldade extra, porque os hackers conseguem esconder o seu arquivo criminoso dentro do seu laptop", disse o ministro, explicando que uma das estratégias dos criminosos para se esconderem é armazenar o conteúdo pedófilo em computadores de outras pessoas.
Os presos são acusados de armazenar e disseminar o material na internet de produzir o conteúdo pedófilo.