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Opinião Quarta-feira, 25 de Abril de 2018, 07:00 - A | A

Quarta-feira, 25 de Abril de 2018, 07h:00 - A | A

Opinião

Sindicatos são os legítimos representantes dos trabalhadoras

Por Pedro Lima*

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O Brasil passa por uma série de transformações políticas, econômicas e sociais, de dimensões gigantescas que já influenciam de diversas formas a vida de todos nós. No campo profissional, a recém aprovada reforma trabalhista, em novembro do ano passado, deverá provocar situações irreversíveis, arrasadoras na vida dos trabalhadores.

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Pedro Lima

 

Diante dos inúmeros fatos registrados no país (impeachment, Operação Lava Jato, prisões, ações do STF, STJ, escândalos de corrupção em todos os níveis e poderes...) a reforma trabalhista acabou passando e está em vigor em favor da classe empresarial e para acabar de vez com a vida (conquistas e direitos) dos trabalhadores brasileiros.

A armação foi tão bem feita que atingiram até a principal força dos trabalhadores: o seu sindicato. Com o fim da Contribuição Sindical muitas entidades passam por dificuldades para manter convênios e serviços prestados tanto ao sindicalizado como a seus familiares.

Não há como negar a importância dos sindicatos na luta em defesa dos interesses dos profissionais de todas as áreas. Se existem pisos salariais, abonos, carga horária reduzida e tantos outros benefícios inseridos nas Convenções Coletivas de Trabalho, em grande parte se deve à luta sindical travada a duras penas com a classe patronal, que em sua maioria é egoísta e até desumana, quando suga o trabalho de seus profissionais sem retribuir com a devida e justa remuneração pelos serviços prestados.

Também não aceitamos o que muitos estão tentando fazer por intermédio de publicações de artigos, entrevistas e outros meios, dizendo que o movimento sindical é desnecessário como instrumento de luta e defesa dos interesses das categorias profissionais.

Oportuno também lançar um desafio ao próprio trabalhador, para que ele procure, pessoalmente, conhecer o que seu sindicato faz, como atua e o que tem conquistado ao longo de sua existência em benefício da categoria. Fazendo isso e não se deixando levar por opiniões alheias e desinformadas, cada cidadão terá as informações corretas sobre o seu sindicato e só então poderá tomar suas decisões.

Podemos, entretanto, aqui afiançar, que a maioria dos sindicatos sul-mato-grossenses é formada por lideranças idôneas que dão sangue, suor e lágrimas pela categoria e não foram poucas as vezes que muitos enfrentaram as situações mais críticas e perigosas, para garantir reconhecimento profissional daqueles a quem representam.

E insistimos: Grandes poderios econômicos brasileiros, que sustentam deputados e senadores no Congresso Nacional e nos Estados querem acabar com a força dos sindicatos, que são os legítimos representantes e defensores dos trabalhadores brasileiros. Fazem isso para poder colocar o trabalhador no cabresto, pagando o que bem entendem por horas e horas de trabalho sem justa remuneração.

Trabalhadores! Acordem! Não façam o jogo patronal, que incentiva um afastamento cada vez maior de seu sindicato. E lembre-se: se você ajudar a acabar com os sindicatos, quem vai defendê-lo amanhã?

 

 

*Pedro Lima

Presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – Fetracom/MS e presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados - Secod

 

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