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Opinião Sábado, 17 de Fevereiro de 2018, 13:15 - A | A

Sábado, 17 de Fevereiro de 2018, 13h:15 - A | A

Opinião

Perfeccionismo: qualidade ou defeito?

Por Christian Barbosa*

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Você se considera perfeccionista? Se sim, tem notado que isso está atrapalhando a sua produtividade? Algumas pessoas ficam tão presas aos detalhes em tudo o que fazem, que acabam se tornando chatas – e não só com os outros, mas também com elas mesmas.

Marcelo dos Santos/Divulgação

Christian Barbosa - Artigo

Christian Barbosa


Costumo dizer que existem dois tipos de perfeccionista: o saudável e o neurótico. O saudável normalmente estipula objetivos e os enxerga como um desafio, uma oportunidade de aprendizado; já o neurótico costuma ficar assustado diante das metas, pois tem medo de não conseguir alcançar um resultado satisfatório - muitas vezes, esse medo é a própria causa dos maus resultados. O perfeccionista neurótico fica tão exausto com suas próprias cobranças, que acaba entregando menos do que poderia.

Outro hábito dessas pessoas é abdicar de tudo – amigos, família, momentos de lazer, hobbies etc. – para se dedicar a algumas atividades por muito mais tempo do que deveriam; e é claro que isso não é saudável. O grande problema é que elas vivem em um mundo paralelo. Sempre que começam a fazer uma atividade, têm o intuito de alcançar o melhor resultado possível. Mas esse resultado nunca vem. Afinal, nada nunca está bom o suficiente, e os neuróticos sempre tendem a achar que podem melhorar algum detalhe. Acontece que a perfeição é relativa: o que representa um bom resultado para um pode não significar a mesma coisa para o outro.

Quando seus esforços não são reconhecidos ou recebem críticas, esses perfeccionistas geralmente se sentem frustrados, ficam estressados e, além disso, passam a ter menos tempo para se dedicar às coisas realmente importantes. As pessoas com esse perfil costumam deixar que os resultados as definam. Isso é lamentável.

Mas o que você, perfeccionista, pode fazer para deixar de ser neurótico? Primeiro, é preciso entender que esse comportamento rouba o seu tempo e traz infelicidade e decepção, o que pode até desencadear uma depressão. Quando fica muito tempo parado em uma mesma atividade, você, simplesmente, impede a sua própria evolução.

O passo seguinte para se livrar do perfeccionismo destrutivo é celebrar pequenas vitórias e cobrar-se menos. Quando aprende a comemorar conquistas “pequenas”, o perfeccionista vai eliminando o hábito da cobrança excessiva. Para os que têm mais dificuldade em se libertar da exigência, encontrar um “anjo da guarda” é uma alternativa interessante. Escolha uma pessoa de confiança para te monitorar e te ajudar a identificar seus exageros.

Acima de tudo, para abandonar esse pensamento tão prejudicial, é fundamental respeitar a si mesmo. A medida mais importante é entender que todos nós temos limitações, e ser perfeito é humanamente impossível.

 

 

*Christian Barbosa

Maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade e CEO da Triad PS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo.

 

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