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Nacional Sexta-feira, 26 de Maio de 2017, 15:24 - A | A

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Renúncia

Veja os nomes mais cogitados para substituir Temer em eventual eleição indireta

Entre eles há juristas, ministros e até ex-presidente

Maisse Cunha
Capital News

Marcos Corrêa/PR

Michel Temer

Michel Temer

Agora figurando entre os investigados na Operação Lava Jato, o presidente Michel Temer vive sua pior crise desde que assumiu o cargo, em 31 de agosto do ano passado. Oposição, população e parte dos seus aliados pedem sua renúncia.



Entre os nomes mais cogitados para disputar eleição indireta, em caso de eventual saída de Temer estão o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). O tucano foi governador do Ceará por três mandatos e agrada ao empresariado e ao mercado financeiro;

Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), agrada ao PMDB, PSDB e PT e possui bom trânsito no STF, Câmara e Senado. Ele integra o Conselho de Administração do BTG Pactual, que tem entre os sócios André Esteves, investigado na Lava Jato;

Rodrigo Maia (DEM), assume a Presidência por 30 dias e é responsável por convocar eleição indireta, em caso de renúncia de Temer. Ele também é um dos mais cogitados para o cargo, porém figura entre os investiados da Lava Jato;

Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ex-presidente por dois mandatos, ex-senador e ex-ministro das Relações Exteriores, é um dos favoritos, apesar de já ter descartado entrar na disputa pelo cargo. Delatores da Odebrecht citaram sua campanha como beneficiária de caixa 2, o que motivou pedido de investigação;

Henrique Meirelles (PSD), ministro da Fazenda, já foi presidente do Conselho de Administração da J&F, grupo controlador da JBS, e é um dos nomes favoritos do mercado, pois  significa a continuidade das Reformas em tramitação no Congresso;

Gilmar Mendes, ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para se candidatar a vaga precisa deixar sua cadeira no Tribunal, onde pode ficar até 2030. Gilmar tem apoio do setor empresarial e de deputados da base aliada do governo Temer;

Cármen Lúcia, presidente do STF, tem grande apoio popular, mas não é vinculada a nenhum partido político, o que gera dúvidas quanto a sua possibilidade de candidatura. Ela também precisa se afastar do STF.

Em caso de eleições regulares, membros do Judiciário têm de deixar o cargo e estar filiados a algum partido político, no prazo de 6 meses, antecedentes à eleição. Não há, entretanto, uma regra clara quanto a casos de eleição indireta.

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