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Nacional Quarta-feira, 13 de Março de 2019, 12:35 - A | A

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APREENSÃO HISTÓRICA

Polícia encontra 117 fuzis na casa de amigo do suspeito de atirar em Marielle

A corporação investiga se acusado traficava armas e escondia lá o material

Caroline Carvalho
Capital News

Divulgação/Polícia Civil

Polícia encontra 117 fuzis na casa de amigo do suspeito de atirar em Marielle

Armas estavam numa casa no Méier, na Zona Norte do Rio, e foram apreendidas na Operação Lume. 

A Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou 117 fuzis incompletos, do tipo M-16, na casa de um amigo do policial militar Ronnie Lessa, acusado de atirar na vereadora Marielle Franco e no motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março do ano passado. A polícia investiga se Lessa trafica armas e escondia lá o material. 

 

As armas, todas novas, estavam desmontadas em caixas em um guarda-roupas - só faltavam os canos. Segundo o secretário da Polícia Civil, Marcos Vinícius Braga, esta é a maior apreensão de fuzis da história do Rio de Janeiro. 

 

De acordo com o G1 nacional, o dono da casa, Alexandre Mota de Souza, afirmou para os policiais que Lessa, seu amigo da infância, entregou as caixas e pediu para guardá-la e não abri-las. Alexandre acabou preso por suspeita de tráfico de drogas na tarde desta terça-feira (12). A polícia chegou nele rastreando um barco que seria de Ronnie, mas estaria no nome do amigo. 

 

"Alexandre é amigo do Lessa há anos e ele fez apenas um favor em colocar essas encomendas, porque ele não sabia do que se tratava, no seu apartamento. Ele ficou surpreso ao saber do conteúdo, mas ele não tem nada a ver com esse episódio lamentável da vereadora", disse seu advogado ao jornal. 

 

Um vídeo do momento da apreensão das armas traz a voz de Alexandre, negando ter cometido qualquer crime: "Eu não fiz nada, esse cara me botou de bucha, cara (...) Eu não faço a menor ideia, está tudo lacrado, eu não abri, ele falou que ia vir buscar isso (...) Eu confiei nele. Acreditei nele. Foi criado com a gente, ele morava aqui do lado, desde pequeno", diz aos policiais. "Ainda falou para mim: 'Só não abre as caixas'."

 

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