Na manhã desta sexta-feira (17) 309 mandados judiciais em seis estados e no Distrito Federal foram cumpridos pela Polícia Federal. A operação denominada ‘Carne Fraca’, investiga o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigorífico.
Em números, de acordo com a Polícia Federal, a operação ‘Carne Fraca’ é a maior já realizada no País. Grandes empresas do setor, como a BRF Brasil, que controla marcas como Sadia e Perdigão, e também a JBS, que detém Friboi, Seara, Swift, entre outras marcas, mas também frigoríficos menores, como Mastercames, Souza Ramos e Peccin, do Paraná, e Larissa, que tem unidades no Paraná e em São Paulo.
De acordo com as investigações, o esquema era comandado pelo ex-superintendente regional do Mapa, Daniel Gonçalves Filho, e pela chefe do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Maria do Rocio Nascimento, em Curitiba, no Paraná.
O juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, em sua decisão diz que o envolvimento do Ministério da Agricultura é "estarrecedor”, "(O ministério) foi tomado de assalto - em ambos os sentidos da palavra - por um grupo de indivíduos que traem reiteramente a obrigação de efetivamente servir à coletividade", aponta.