Quinta-feira, 25 de Abril de 2024


Nacional Segunda-feira, 20 de Novembro de 2017, 16:28 - A | A

Segunda-feira, 20 de Novembro de 2017, 16h:28 - A | A

Organizações criminosas

Novo diretor da PF fala em combate à corrupção e que vai priorizar a Lama Asfáltica

Segóvia disse ainda que o combate a esse crime relacionado às votações também estará no foco central

Flávio Brito
Capital News

Marcos Corrêa/PR

Novo diretor da PF fala em combate à corrupção e que vai priorizar a Lama Asfáltica

O novo diretor-geral da Polícia Federal, delegado Fernando Queiroz Segóvia, o ministro da Justiça, Torquato Jardim e o presidente da República, Michel Temer, durante a solenidade de transmissão do cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal

O novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segóvia, assumiu nesta segunda-feira (20) o cargo, prometendo trabalhar pelo combate à corrupção colocou a operação Lama Asfáltica na lista de prioridades.  Segundo ele, outras operações, como Lava Jato,  Cadeia Velha Cui Bono, também terão foco especial, tanto na atuação junto ao Supremo Tribunal Federal quanto em relação às varas criminais.

 

Às vésperas de um ano eleitoral, Segóvia disse ainda que o combate a esse crime relacionado às votações também estará no foco central de atuação da PF. A expectativa do diretor-geral é de que a corporação aja “com isenção total, independentemente de partidos políticos”.

 

O diretor-geral recém- empossada ainda defendeu um novo capítulo na relação da PF e do Ministério Público Federal (MPF). “Hoje, há uma infeliz e triste disputa entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, mas confio no espírito de maturidade dessas instituições. É preciso escrever um novo capítulo e deixar de lado a vaidade. O único que se beneficia dessa disputa é o crime organizado”, ressaltou.

 

Segóvia se refere a uma queda-de-braço entre as duas instituições sobre a competência de policiais de firmar acordos de delação premiada nas investigações criminais. Para os procuradores, o dispositivo da Lei das Organizações Criminosas (Lei 12.850/2013) que prevê que o delegado possa fazer acordos de delação é inconstitucional.

 

Investigações criminais

Durante a cerimônia de transmissão de cargo, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, condenou o que chamou de “ilações especulativas” nas investigações criminais. Ele criticou a convalidação de “imputações sem referências sólidas nos fatos e documentos”.

 

Evidenciando a divergência com o Ministério Público, Torquato defendeu que é preciso dizer “não à vaidade fruto da ambição ou propósitos ocultos no processo”. “Essas condutas que se desviam da ética agridem mais a sociedade que o próprio indivíduo, porque geram uma dúvida coletiva sobre a isenção da conduta de quem atua em nome do Estado”, completou.

 

O presidente Michel Temer participou da solenidade, mas não fez uso da palavra. Segóvia recebeu os cumprimentos do ex-diretor-geral, Leandro Daiello, que anunciou sua aposentadoria, publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União. Após quase sete anos no comando da PF, Daiello se colocou à disposição de seu sucessor, fez um agradecimento especial aos servidores e destacou o orgulho de ser policial federal.

 

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS