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Nacional Segunda-feira, 02 de Maio de 2016, 18:54 - A | A

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Brasília

Dilma pode renunciar na sexta-feira e enviar proposta de eleições em outubro ao Congresso

Presidente quer ter apoio de movimentos sociais antes de encampar propostas de antecipar pleito em 2016

Adriel Mattos
Capital News

Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

Dilma afirma que governo tem condições de barrar impeachment e propõe pacto

Presidente Dilma Rousseff

A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), estaria cogitando renunciar ao cargo na sexta-feira (2) em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, além de pedir ao vice Michel Temer (PMDB). De acordo com o jornal O Globo, alguns ministros são contrários à ideia, já que a presidente já declarou várias vezes que não iria renunciar.

Dilma se mostrou favorável à teoria de convocação de novas eleições presidenciais simultâneas às municipais de outubro, mas ela quer que ter respaldo de movimentos sociais para avançar com a proposta. Políticos próximos a Temer, por sua vez, já rejeitaram a hipótese do vice-presidente renunciar.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Vice-presidente Michel Temer

Vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB)

“Seria fugir da responsabilidade. Essa, sim, é uma proposta golpista”, disse o presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (RR), em alusão à tese de movimentos sociais e do governo de que o processo de impeachment é um golpe.

Senadores favoráveis à convocação de novas eleições reconhecem que a proposta enfrentaria resistência no Congresso Nacional por falta de apoio, mas a pressão popular pode mudar a situação. “As pesquisas dizem que a população quer novas eleições. Se isso tudo for verdadeiro, que deixemos o povo eleger presidente e vice numa grande consertação”, disse Paulo Paim (PT-RS).

O relatório final da comissão especial do impeachment no Senado deve ser levado à votação em plenário na próxima semana. Por maioria simples, os senadores podem decidir pela admissibilidade do processo, o que resulta em afastamento de Dilma do cargo.

Isso representa metade dos senadores mais um, não sendo necessária a presença dos 81 parlamentares. Com isso, a presidente fica afastada das funções por seis meses. Se não atingir esse quórum, o procedimento é arquivado.



*Com informações do jornal O Globo

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