A presidente afastada Dilma Rousseff disse que vai usar a gravações das conversas entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) com o o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado para tentar provar que o processo de impeachment foi o que ela chamou de “armação”.
As declarações foram feitas durante bate papo virtual na quarta-feira (25) com a participação de Dilma, o ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, e internautas na página oficial da presidente afastada no Facebook.
Dilma tem até a próxima quarta-feira (1º) para apresentar a defesa e solicitar a convocação de testemunhas e provas. Esta fase de trabalhos da Comissão Especial do Impeachment no Senado é dedicada a ouvir testemunhas.
Questionada pelos internautas, Dilma disse acreditar que pode haver uma modificação favorável a ela na votação do Senado, já que segundo a presidente afastada, nas gravações entre Jucá e Machado fica claro que se pretendeu com o impeachment impedir que as investigações da Operação Lava Jato prosseguissem normalmente.
No início da semana, após a repercussão das conversas em que Jucá fala em “estancar a sangria" da investigação da Lava Jato, o senador foi exonerado do Ministério do Planejamento. Jucá se defende dizendo que ao falar de sangria na conversa com o ex-diretor da Transpetro se referia à situação econômica do país.
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