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Nacional Quinta-feira, 06 de Julho de 2017, 16:38 - A | A

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Quebra de decoro

Conselho de Ética do Senado mantém arquivamento de pedido de cassação contra Aécio Neves

Representação foi feita com base nas delações dos executivos da JBS

Maisse Cunha
Capital News

Reprodução/Web

Conselho de Ética do Senado mantém arquivamento de pedido de cassação contra Aécio Neves

 

O pedido de cassação do senador Aécio Neves (PSDB), protocolado pela Rede Sustentabilidade e pelo PSOL, com base nas delações premiadas dos donos da JBS, foi arquivado em definitivo pelo Conselho de Ética do Senado nesta quinta-feira (6). A decisão teve 11 votos favoráveis e 4 contrários.


Em decisão monocrática, há duas semanas, o presidente do colegiado, senador João Alberto (PMDB-MA), decidiu arquivar o caso, alegando não haver elementos suficientes para processar o tucano por quebra de decoro parlamentar.


A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o Aécio de ter pedido R$2 milhões ao empresário Joesley Batista, para custear as despesas com advogados para se defender das outras acusações que pesam contra ele no âmbito da Operação Lava Jato. Em troca, o tucano teria se comprometido a atuar politicamente em favor dos interesses da JBS.


Em maio passado, o primo de Aécio, Frederico Pacheco, foi filmado pela Polícia Federal (PF) recebendo uma parcela do “empréstimo” que, depois, entregou ao ex-assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Menderson Souza Lima. As cédulas tiveram os números de série marcados pela PF. A mochila foi rastreada por um chip. A ação foi autorida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


Aécio foi denunciado pelo crime de corrupção passiva pela PGR. Na última sexta-feira (30), por determinação do ministro Celso de Mello, do STF, o tucano pode retornar ao posto de senador, após ter sido afastado do mandato pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte Suprema.

Votaram pelo arquivamento da denúncia, os senadores Airton Sandoval (PMDB-SP), Romero Jucá (PMDB-RR), Hélio José (PMDB-DF), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Flexa Ribeiro (PSDB-PA),Eduardo Amorim (PSDB-SE),Gladson Cameli (PP-AC),Acir Gurgacz (PDT-RO), Telmário Mota (PTB-RR), Pedro Chaves (PSC-MS) e Roberto Rocha (PSB-MA).

 

Votaram para que Aécio fosse investigado pelo Conselho de Ética, os senadores Lasier Martins (PSD-RS), José Pimentel (PT-CE), João Capiberibe (PSB-AP) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).

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