Quarta-feira, 24 de Abril de 2024


Internacional Sábado, 15 de Dezembro de 2018, 12:51 - A | A

Sábado, 15 de Dezembro de 2018, 12h:51 - A | A

DECISÃO

Governo italiano agradece Brasil por extradição de Battisti

Decisão de Temer foi noticiada em vários países

Flávio Veras
Capital News

Arquivo/Agência Brasil

Fux determina prisão de Battisti; decisão pode facilitar extradição

Condenado na Itália por quatro homicídios, Cesare Battisti vive no Brasil desde 2004

O governo da Itália enviou carta ao presidente Michel Temer agradecendo-o pela decisão de mandar extraditar Cesare Battisti. Temer assinou ontem (14) a extradição de Battisti, condenado à prisão perpétua em seu país por quatro homicídios cometidos nos anos 1970, quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo.

 

Segundo reportagem da Agência Brasil, o presidente italiano Sergio Mattarella emitiu uma nota expressando sua satifação com o caso. “Senhor presidente, quero expressar meu mais sincero agradecimento pela decisão de Vossa Excelência sobre o caso do cidadão italiano Cesare Battisti, definitivamente condenado pela Justiça italiana por crimes gravíssimos e que até hoje se subtraiu à execução das relativas sentenças”, diz a mensagem.

 

“Seu gesto constitui um testemunho significativo da amizade antiga e sólida entre o Brasil e a Itália e atesta a sensibilidade em relação a um caso complexo e delicado, que desperta sentimentos de intensa participação na opinião pública de nosso país”, acrescentou Mattarella. A carta foi reproduzida pelo governo italiano em sua conta no Twitter.

 

A decisão de Temer foi noticiada em vários países. O New York Times lembrou ainda que o Lula, quando era presidente da República, garantiu asilo ao italiano em 2010. O jornal francês Le Monde afirmou que Temer “assumiu a liderança” de uma providência que se não fosse tomada por ele, seria pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro.

 

 

O advogado de Battisti, Igor Tomasauskas, afirmou que não falou com seu cliente desde a decisão do Supremo Tribunal Federal de prendê-lo. “A decisão de se entregar é dele. Até porque se entregar significa a extradição”, acrescentou Tomasauskas.

Comente esta notícia


Colunistas LEIA MAIS