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Redução na compra de gás natural da Bolívia derrubou receita do Estado e deve afetar repasse as cidades
A economia no Estado dá sinais tímidos de recuperação. Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), Mato Grosso do Sul e Roraima registraram saldo positivo de novos postos de trabalho no acumulado de janeiro a novembro de 2016. Três Lagoas despontaram como o município com o melhor resultado na geração de empregos. Em dezembro, durante encontro do Governo do Estado com o presidente da Bolívia, Evo Morales, foi definido acordo que deverá ampliar em 2018 a compra direta do gás natural boloviano.
A compra direta do insumo, considerado estratégico para o desenvolvimento do Estado e na atração de novos investimentos privados, será oficializada em reunião em Puerto Ustarez (Beni), no dia 30 de janeiro 2018. Dos atuais 600 mil metros cúbicos/dia para dois milhões de metros cúbicos/dia, para atender a termelétrica que está sendo implantada entre os municípios de Corumbá e Ladário.
Ao longo do ano, entretanto, o valor do gás natural boliviano ajudou a depreciar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) em R$ 121,58 milhões este ano. Apenas com a receita do gás, a perda média é de R$ 805 mil diariamente.
Segundo a Sefaz, foram arrecadados R$ 319.637.221 em ICMS sobre o gás natural de janeiro a maio deste ano. Em 2016, a receita foi de R$ 441.219.543 para o mesmo período. O valor totaliza 27,55% a menos se comparado os dois períodos.