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Sexta-feira, 15 de Setembro de 2017, 09h:31

Autoridades se reúnem após diretor da Máxima ser ameaçado pelo PCC

Diretor da unidade prisional encontrou ameaça riscada na calçada da casa onde mora

Laura Holsback
Capital News

Divulgação

pcc

Frase foi escrita na calçada da casa do diretor-presidente da Máxima

Representantes do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap) e autoridades do Presídio de Segurança Máxima se reúnem na manhã desta sexta-feira (15) para discutir políticas de segurança a caráter emergencial. 

 

O encontro acontece depois de o diretor da unidade prisional Paulo da Silva Godoy ter sofrido suposta ameaça da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) que atua tanto dentro quanto fora dos presídios. O episódio aconteceu na noite de ontem. Ao chegar na casa onde mora, Godoy encontrou a seguinte frase: “Paulo PCC cuidado”. 

 

De acordo com o presidente do Sinsap, André Luiz Santiago, servidores que atuam nos presídios do Estado constantemente sofrem ameaças e medidas já foram cobradas do Governo, contudo nada foi feito até agora. 

 

“Servidores e a direção da Máxima pediram a reunião hoje para cobrar das autoridades medidas urgentes, de valorização. Precisamos de política pública emergencial. De mais investimento na segurança, um deles é o agente poder trabalhar armado dentro das unidades. O armamento está previsto em lei, mas o Estado ainda não regulamentou”, disse Santiago. 

 

O sindicalista não soube informar se o diretor vinha sofrendo outras ameaças e o episódio de ontem deverá ser investigado pela polícia.

 

Ainda de acordo com o Sindicato, não está descartada paralisação para amanhã da classe de trabalhadores. Se isso ocorrer, cantinas que funcionam nos estabelecimentos penais serão fechadas e visitação de fim de semana suspensa. “Vamos decidir nesta reunião da manhã”, pontuou Santiago.