Quinta-feira, 25 de Abril de 2024


Esporte Quarta-feira, 19 de Abril de 2017, 17:42 - A | A

Quarta-feira, 19 de Abril de 2017, 17h:42 - A | A

Estadual de Futebol 2017

Comercial recorre à decisão do TJD/MS e quer anulação da semifinal do estadual

Para o Jurídico do Colorado, prescrição da pena ocorre apenas após dois anos

Gian Nascimento
Capital News

Anderson Ramos / Arquivo Capital News

Comercial TJD-MS x Operário 1ª foto na interna

Presidente Válter Comercial, após eliminação busca vaga no TJD-MS

Eliminado nas quartas de final do estadual, o Comercial ainda trabalha para retornar à competição. Assim como havia feito o Corumbaense na última segunda-feira (17), o Colorado recorreu à decisão do procurador Thiago Monteiro Yatros de arquivar as denúncias contra o Operário pela escalação irregular do volante Eduardo Arroz nas duas primeiras rodadas do Campeonato Sul-Mato-Grossense.

A alegação para o arquivamento foi o que motivou o novo protocolo no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD/MS). De acordo com Yatros, a pena ao Operário não podia ser aplicada, pois já havia sido prescrita, ou seja, no momento da denúncia já teriam se passado 60 dias desde a infração, conforme prevê o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), porém o Colorado discorda e argumenta que o prazo para prescrever uma punição é de dois anos, conforme o parágrafo terceiro do artigo 165-A do CBJD.

“Não tem como prescrever. São dois anos a prescrição da pena. Ele [Eduardo Arroz] ainda tem que cumprir essa pena e vai estar irregular enquanto não ficar de fora os dois jogos. Pedimos para o procurador geral fazer uma nova análise e desconsiderar a decisão do Yatros, que foi afastado”, argumenta o Departamento Jurídico do Comercial, mencionando a suspensão preventiva do procurador do caso feita pela presidência do TJD/MS nesta terça-feira (18).

A expectativa do Comercial é que o Operário seja punido com a perda de pontos ainda na primeira fase, quando Eduardo Arroz atuou de forma irregular, contra União ABC e Novo e assim, o Colorado terminaria em primeiro lugar na chave A e todo o chaveamento das quartas de final em diante seria refeito.

“Nós tomamos o cuidado de não colocar jogadores que estavam punidos pra atuar, o Corumbaense também, então tem que obedecer ao regulamento. Foi um descuido do Operário”, disse o presidente do clube, Valter Mangini, que citou casos semelhantes: “No Paraná e em Mato Grosso tiveram casos assim, em que as fases finais foram remodeladas. Não tem esse de prescrever. O Neymar é um exemplo clássico, foi suspenso na Copa América e teve de cumprir um ano depois nas eliminatórias. Vale em todo mundo, só não em Mato Grosso do Sul?”, questiona o dirigente.

O Comercial que teve uma campanha pior do que de anos anteriores (2015 e 2016), que trocou de técnico e toda a comissão técnica, permanecendo somente o gerente de Futebol, Paulo Telles e ainda dispensou mais de um time inteiro e mesmo assim conquistou somente 4 vitórias e foi eliminado pelo Sete nas quartas de final, ainda espera que nesta semana uma nova decisão seja tomada e atenda aos apelos do time e ganhe a vaga no TJD-MS perdida em campo. Enquanto aguarda, o grupo que disputou o estadual segue mantido e treinando com foco na Série D, que o clube disputa a partir do próximo mês.

Anderson Ramos / Arquivo Capital News

Comercial  x Sete eliminado

Comercial foi eliminado pelo Sete em pleno Morenão, agora dirigente tenta vaga no TJD-MS

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS