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Política Quinta-feira, 28 de Maio de 2015, 19:24 - A | A

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Greve dos Professores

“MS já atingiu 58,4% dos gastos com pessoal”, afirma Reinaldo Azambuja

TJ/MS determinou o retorno de no mínimo 60% dos professores, sob pena de multa de R$25.000/dia

Natani Ferreira
Capital News

Deurico/Capital News

Governador Reinaldo Azambuja

Para governador, diálogo sempre será aberto com todas as categorias

A greve dos professores da rede estadual, iniciada nesta quarta-feira (27), foi comentada pelo governador do estado, Reinaldo Azambuja, em coletiva realizada na Governadoria na tarde desta quinta-feira (28).


Para o governador, o diálogo com a categoria ainda não se encerrou. “É uma discussão que a gente nunca vai fechar, tanto que nós abrimos um fórum para os servidores e nós vamos discutir isso sempre”, afirmou.


Ainda segundo o chefe do executivo estadual, Mato Grosso do Sul já atingiu 58,4% dos gastos com pessoal, sendo que o teto para os três poderes é de 60%. A única maneira viável de conceder o reajuste pedido pela categoria seria aumentar os impostos. “Vivemos em uma época de retração da economia, e para aumentar a receita hoje é só se aumentar imposto,s e não concordamos. Tanto que vamos diminuir tributos, que é o ICMS do diesel, para ter mais competitividade”, explicou.


O governador insistiu que o estado de Mato Grosso do Sul foi o único dos 27 estados da federação a conceder os 13,01% de reajuste para todas as categorias. Em contrapartida ao pedido da FETEMS, o governo propôs o aumento de 4,37% em outubro, que daria mais de 17% de reajuste.


O valor, entretanto, não foi aceito pela categoria, que luta pelo reajuste de 10,98%, e em comunicado repudiou as declarações do governo.


“Lembramos que Mato Grosso do Sul só foi um dos primeiros estados a conceder o reajuste do Piso Salarial Nacional de 13,01% porque possui uma entidade de classe representativa, a FETEMS, que fez embates duros na mesa de negociação, pois a proposta inicial do atual Governo era parcelar este valor em três vezes e se quer discutir o cumprimento da Lei Estadual n° 4.464, de 19 de Dezembro de 2013, que rege sobre a implantação do Piso Salarial Nacional por 20 horas, conforme prevê o Plano Nacional de Educação e previa para esse ano o reajuste de 25,42% aos professores de Mato Grosso do Sul”, divulgou a FETEMS em nota.


O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul concedeu em caráter liminar a suspensão imediata da greve por parte dos servidores do Grupo Educação Básica (administrativos da educação) em atividade, sob pena de multa diária de R$25.000,00 se houver descumprimento, e a manutenção de um percentual mínimo de 60% dos professores em atividade, também sob pena de multa de R$25.000,00. O desembargador Sérgio Fernandes Martins considerou que a FETEMS não tem legitimidade para representar os administrativos da educação.

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