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Educação Terça-feira, 13 de Novembro de 2018, 12:49 - A | A

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VISITA AO MS

Ministro da Educação aborda programa de educação via satélite

Rossieli Soares, explicou os benefícios do Centro Nacional de Mídias da Educação

Flávio Veras
Capital News

 

Flávio Veras/Capital News

Ministro da Educação aborda programa de educação via satélite

Além de Mato Grosso do Sul, o projeto ainda beneficia outros 16 estados e também o Distrito Federal 

O ministro da Educação, Rossieli Soares, visitou Campo Grande nesta terça-feira (13). Soares apresentou no auditório da Escola Estadual Lúcia Martins Coelho O projeto do Centro Nacional de Mídias da Educação (CNME), que além de Mato Grosso do Sul, beneficia outros 16 estados e também o Distrito Federal.

 

Antes da palestra, Soares concedeu uma entrevista coletiva. O ministro explicou que o CNME não é uma forma de ensino a distância, pois as aulas são transmitidas ao vivo, assistida em sala de aula pelos alunos e com a presença de um professor. 

 

“O que devemos deixar claro é que não estamos substituindo o ensino de forma presencial, mas proporcionando aos estudantes e docentes uma nova ferramenta de aprendizagem. Ao contrários do EAD, nossas aulas são transmitidas ao vivo e com interatividade. Todos os que acompanham podem interagir com quem administra as aulas. Ou seja, essa forma de de aprendizado deve ou não ser usada pela escolas livremente, obedecendo o conteúdo curricular delas”, exemplificou.

 

Outro ponto importante, abordado pelo ministro na coletiva, foi o de que o Centro também proporciona uma interação cultural. “Temos professores de todos os estados participantes ministrando as conferências, alunos das mais variadas regiões do país assistindo e interagindo com as aulas. Ou seja, um discente que é do extremo sul do país, pode compartilhar conhecimento com outro nos rincões do Amazonas. Portanto a riqueza deste programa está nesta interatividade, pode ser por vídeo, por chat, entre outros instrumentos online”, explicou. 

 

e complementou dizendo que, “conteúdos que poderíamos ter dificuldades em trazer para determinadas regiões poderão chegar até ela. Por exemplo, uma cidade pequena, que tem apenas uma escola do Ensino Médio, ela poderá acessar conteúdos feitos pelo IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicado), umas da referências da América Latina em exatas. Portanto, aquilo que é aplicado em São Paulo, no Mato Grosso do Sul, no Nordeste, podem ser acessados com a possibilidade de compartilhar e trabalhar em rede”.

 

CNME

Segundo o Ministério da Educação (MEC), O Centro Nacional de Mídias da Educação (CNME) é uma proposta de ensino presencial mediado por tecnologia, cujo objetivo principal é a construção coletiva e democrática do conhecimento. O CNME constitui-se em uma ferramenta importante de apoio à implementação do Novo Ensino Médio, com impacto, também, no desenvolvimento do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), no Programa Educação Conectada, e no Programa de Formação Continuada de Professores.

 

O CNME permite interatividade ao vivo: os estudantes que estão em sala de aula, em escolas públicas dos diversos estados brasileiros com seu professor, podem interagir com o professor do CNME, bem como com professores e estudantes que estão em outras escolas públicas dos diferentes estados do Brasil, também conectadas ao CNME.

 

A implementação do CNME iniciou em 2018 com o propósito de instituir com ação contínua de apoio ao estados e aos municípios. Estão participando da primeira etapa escolas estaduais do ensino médio do Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins.

 

Desde agosto de 2018, foram formados 12 professores da rede pública de diferentes estados para atuarem no estúdio do Centro Nacional de Mídias da Educação e 150 professores mediadores de diferentes escolas.

 

As turmas de Ensino Médio, compostas por cerca de 10 mil estudantes, estão participando de aulas eletivas, sobre tecnologia e mundo do trabalho, oferecidas em três turnos (manhã, tarde e noite) e transmitidas ao vivo e com interação em tempo real a partir do estúdio do CNME, atualmente instalado em Manaus.  Hoje, 53% das escolas públicas conectadas ao CNME estão localizadas no interior e 47% nas capitais. As temáticas foram sugeridas pelas Secretarias de Educação participantes.

 

Professores e estudantes podem também se conectar neste site ou baixar gratuitamente o aplicativo do CNME (sem consumo do pacote de dados da internet).

 

Para 2019, o objetivo é expandir para 350 escolas públicas e implantar o estúdio do CNME em Brasília. A meta é receber a adesão de todas as Secretarias de Educação e conectar 500 escolas, com ampliação das temáticas oferecidas.

 

A proposta pedagógica do CNME está ancorada na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, tendo como princípios: a igualdade de acesso, a permanência na escola, a liberdade de aprender e o pluralismo de ideias. Para tanto, é fundamental a atuação dos professores nas escolas durante todo o processo, realizando mediação entre a aula transmitida no estúdio e as atividades desenvolvidas nas salas de aula por estudantes e professores.  

 

Dessa interação cultural e educacional são geradas aprendizagens significativas. Esse trabalho tem por objetivo, especialmente, o desenvolvimento da 5a. competência geral da Base Nacional Comum Curricular, que se refere às “tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas”. Essa programação permite também que os professores, de acordo com seus planejamentos, trabalhem outras competências. 

 

As escolas participantes foram equipadas com antenas, monitores, computadores, entre outros. Os conteúdos foram produzidos a partir de temáticas ou eletivas sugeridas pelas Secretarias de Educação, para transmissão ao vivo, bem como produzidos objetos de aprendizagem para serem disponibilizados na Plataforma Integrada de Recursos Educacionais Digitais do MEC (Plataforma MEC RED).

 

Álbum de fotos

Anderson Ramos/Capital News

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