O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) voltou a subir em setembro e ficou em 0,33%, segundo o Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes), da Uniderp. A taxa é segunda maior registrada em 2017, perdendo apenas para janeiro, que ficou em 0,43%. Em agosto deste ano, a inflação ficou em 0,15% e no comparativo da série histórica dos meses de setembro, é a menor taxa desde 2015, quando atingiu 0,57%. No acumulado do ano, ou seja, em nove meses, a inflação registrada subiu para 1,50%, taxa ainda baixa quando comparada com anos anteriores. As maiores inflações no período foram com Vestuário, 6,23%; Transportes, 3,97%; e Habitação, 3,17%.
De acordo com o coordenador do Nepes/Uniderp, Celso Correia de Souza, os principais responsáveis pelo resultado do índice foram Transportes (1,14%) e Alimentação (0,67%). As maiores contribuições negativas, que ajudaram a segurar o índice, foram dos grupos Vestuário (-0,71%) e Educação (-0,10%).
"Apesar da alta em setembro, a inflação ainda permanece controlada, pois na análise da inflação acumulada as taxas estão bem abaixo da meta inflacionária fixada pelo governo, o que indica que as medidas econômicas tomadas pelas autoridades vêm dando certo, surtindo os efeitos esperados. Com isso, tem diminuído o valor da taxa Selic, que está atualmente em 8,25%, sinalizando que os juros podem baixar mais, dinamizando o setor econômico brasileiro, com geração de emprego e renda", explica.
A inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 2,43%, índice abaixo do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%. No período, a maior taxa em relação aos grupos é do Vestuário, com 11,40%; seguido de Transportes e Habitação, com 5,44% e 3,98%, respectivamente.